Norte-americana criada em Santos é vacinada contra a Covid-19: 'Foi emocionante'

Anna de Souza passou boa parte da infância na Baixada Santista e voltou para os Estados Unidos com 19 anos

Por: Carolina Faccioli  -  16/01/21  -  14:16
Anna tomou a segunda dose da vacina da Pfizer na quarta-feira (12)
Anna tomou a segunda dose da vacina da Pfizer na quarta-feira (12)   Foto: Arquivo Pessoal

Nascida em Nova York e criada em Santos, a brasileira de "coração" Anna de Souza, de 48 anos, foi uma dentre os milhares de norte-americanos que já conseguiram tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19. Para ela, receber o imunizante foi quase inacreditável. Em conversa comATribuna.com.br, Anna conta como se sentiu após a imunização e quais são os planos para o futuro.


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Anna veio para Brasil ainda pequena, com apenas sete anos, e se estabeleceu em Santos, onde morou no bairro do Embaré até completar 19 anos, quando decidiu retornar para os Estados Unidos, com o marido Maurício, que conheceu aos 15 anos. Nos Estados Unidos, a auxiliar administrativa mora em Delaware e trabalha em um hospital. Por isso teve a oportunidade de tomar a vacina.


"Foi assim... meio emocionante até. Eu não estava esperando receber a vacina. Eles avisaram todos os associados (funcionários do hospital), mas pensei que primeiro seriam os médicos, os enfermeiros. De repente recebi um e-mail que deveria ser respondido bem rápido para garantir o lugar pra tomar a vacina", conta Anna.


Apesar de ser uma cidade pequena, a auxiliar administrativa conta que a cidade teve muitos casos durante a pandemia. Atualmente, são registrados entre quatro e cinco mortes todos os dias. Mesmo com o aparecimento de novos casos diários, Anna diz que a cidade possui testes de Covid-19 em diversos pontos, como escolas e farmácias, que podem ser feitos gratuitamente. Para ela, esta medida ajudou a controlar a disseminação da doença.


A primeira dose da vacina Pfizer foi aplicada em Anna no dia 23 de dezembro de 2020 e a segunda dose foi aplicada na terça-feira (12). Em relação aos sintomas, ela conta que só sentiu uma leve dor muscular no local, que é normal em qualquer vacina.


Cuidados


Anna conta ainda que não sentiu medo de tomar a vacina e que agora espera que as três filhas e o esposo tomem logo. Apesar de já estar protegida, ela afirma que os cuidados continuam normalmente, como o uso de máscara e higienização das mãos.


A americana também diz que a família mostrou otimismo e ficou feliz com a notícia, mas por enquanto foi a única a tomar o imunizante. Ela também espera que a vacina chegue logo ao Brasil, para poder rever os parentes com segurança, pois pretende voltar ao Brasil no segundo semestre de 2021.



Com a imunização em massa, Anna espera que as pessoas tenham mais consciência da importância do cuidado coletivo e que continuem com todas as medidas de prevenção. "Eu acho que existe a esperança de que tudo voltará a ser como antes. Normal não vai ser por um bom tempo. Ainda vai demorar um pouco mais. Também espero que as pessoas tenham a consciência de se cuidar e cuidar do próximo. Que o mundo possa viver de novo e que a gente consiga dar aquele abraço que faz falta".


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