Medicamento para combater piolhos se mostra eficaz contra o coronavírus em testes

Droga foi capaz de inibir crescimento do microrganismo em apenas 48 horas. Estudo foi publicado na Austrália

Por: Por ATribuna.com.br  -  06/04/20  -  19:41
Remédio utilizado no combate a piolhos inibiu o crescimento do coronavírus em um período de 48h
Remédio utilizado no combate a piolhos inibiu o crescimento do coronavírus em um período de 48h   Foto: Reprodução/Warley de Andrade//TV Brasil

Um medicamento utilizado para combater piolhos foi testado e pode ser capaz de matar o novo coronavírus, causador da pandemia de Covid-19.


Os testes realizados por cientistas da Universidade Monash, na Austrália, apontam que uma droga presente no antiparasitário foi capaz de inibir o crescimento do microrganismo em apenas 48 horas.


O estudo com os resultados das análises foi publicado pela equipe no periódico Antiviral Research na última sexta-feira (3). De acordo com a pesquisa, o medicamento, conhecido como Ivermectina, interrompeu o crescimento do vírus Sars-CoV-2 quando testado em culturas de células.


"Descobrimos que mesmo uma dose única poderia remover essencialmente todo o RNA viral por 48 horas, e que mesmo às 24 horas havia uma redução realmente significativa [desse material genético]", afirmou Kylie Wagstaff, que liderou a pesquisa.


Como explicou a especialista, a Ivermectina é um medicamento antiparasitário que também já se mostrou eficaz em testes in vitro contra uma ampla gama de vírus, como os que causam o HIV, a dengue, gripe e zika.


“A Ivermectina é amplamente utilizada e vista como uma droga segura", disse Wagstaff. "No momento em que estamos, tendo uma pandemia global e sem um tratamento aprovado, se pudermos utilizar um composto que já está disponível em todo o mundo, isso ajudará as pessoas".


Os especialistas ressaltam, entretanto, que o medicamento ainda está sendo testado e não se sabe quanto e como ele deve ser utilizado. Portanto, os profissionais da saúde pedem para que as pessoas não se automediquem ou comprem o produto sem necessidade.


"Precisamos descobrir agora se a dosagem que pode ser usada em seres humanos será eficaz [contra o novo coronavírus]", disse Wagstaff.


* Com informações da Galileu


Logo A Tribuna
Newsletter