Higiene das mãos pode evitar casos de disenteria

Cidades de Santos e Mongaguá registraram mais casos de diarreia aguda na Baixada Santista

Por: Da Redação  -  29/12/18  -  17:14
Lavar as mãos com água e sabão é fundamental antes de se alimentar
Lavar as mãos com água e sabão é fundamental antes de se alimentar   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Mongaguá e Santos tiveram mais casos de diarreia aguda neste ano. Com o verão, aumenta o número de ocorrências, e a prevenção se torna ainda mais importante em todas as idades.


De acordo com a Prefeitura de Mongaguá, em 2016, a cidade registrou 1.609 atendimentos. Foram 808 no ano passado, mas o número saltou para 1.808 de janeiro até esta semana. A faixa etária mais atingida foi a de crianças com cerca de 10 anos. O motivo, segundo o município, foi mesmo a maior incidência durante o verão, principalmente nas primeiras quatro semanas do ano.


Em Santos, foram 5.143 casos em 2016, 1.575 em 2017 e 4.492 de janeiro até a última semana. Mas, segundo a chefe do Departamento de Vigilância em Saúde de Santos, Ana Paula Valeiras, 25% dos atendimentos foram à faixa etária de 20 a 29 anos. Mas, de um ano a outro, não foi o verão o motivo da alta.


“O que tivemos em Santos foi a informatização da nossa rede de saúde. Antes, era tudo na papel,e percebemos subnotificação em 2017. Depois de um trabalho de conscientização, voltamos à média, que varia entre 4 mil e 5 mil casos ao ano”, explica.


Conscientização


“A primeira coisa que temos de lembrar é da higiene, a partir da lavagem das mãos com água e sabão. Não adianta só passar álcool gel. Fui almoçar em um fast-food e percebi que muita gente, depois de pegar o dinheiro no caixa, já sai pegando a batata frita. É preciso conscientização”, alerta.


A profissional lembra que, com calor, também aumenta a necessidade de hidratação e de higiene dos alimentos, com atenção às crianças na praia e nos parques. “Os pais precisam levar uma garrafa de água para limpar a mão da criança antes de ela comer na rua. Não pode estar com areia ou água do mar”, salienta.


O médico infectologista Evaldo Stanislau recomenda que, se houver diarreia, não se deve tomar remédios para controlá-la, pois ela é o primeiro mecanismo de defesa do corpo. “Geralmente, ela dura dois, três dias. O único tratamento é a hidratação efetiva por via oral. Se também estiver com vômito, o médico prescreve remédio para manter o volume no estômago. Se o grau de desidratação for muito grande, aí precisa ir a um pronto-socorro, para [receber] soro na veia”, diz.


Segundo ele, se a diarreia durar por mais de três dias ou vier com muco ou sangue nas fezes, prostração ou febre, é preciso procurar logo um médico.


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