Estudo aponta que flexibilização pode causar aumento de 71% nas mortes em SP

Pesquisadores da USP e da FGV analisaram o efeito da retomada de atividades sobre as projeções de óbitos antes da reabertura

Por: Por ATribuna.com.br  -  16/06/20  -  12:44
Atualizado em 16/06/20 - 12:52
Com baixa taxa de isolamento, Prefeitura de São Paulo visa endurecer medidas contra a Covid-19
Com baixa taxa de isolamento, Prefeitura de São Paulo visa endurecer medidas contra a Covid-19   Foto: Estadão Conteúdo

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que a flexibilização da quarentena em São Paulo pode aumentar em 71% o número de mortes por coronavírus no estado até 8 de julho. As informações são do jornal O Globo.


Segundo a publicação, os pesquisadores analisaram o efeito da retomada de atividades sobre as projeções de óbitos antes da reabertura.


De acordo com o estudo, se as medidas de distanciamento social prosseguissem por mais 30 dias, o estado iria registrar 5.514 novos óbitos por Covid-19, o que representaria um total de 14.632 mortes em SP até 8 de julho. Porém, com o afrouxamento das medidas de isolamento e flexibilização do comércio, a taxa de transmissão do vírus aceleraria, e as mortes causadas pela doença poderia chegar a 15.798. O total bateria 24.986 óbitos até o início de julho – quase 10.300 mortes a mais.


"Quando olhamos as evidências, e podemos citar também casos internacionais, vemos que cada vez que há uma flexibilização ocorre aumento de óbitos, porque ao diminuir o distanciamento físico se aumenta a transmissão do vírus", explicou a cientista política Lorena Barberia, professora da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do estudo.


O grupo faz parte da Rede de Pesquisa Solidária, que reúne mais de 40 pesquisadores de diferentes instituições, públicas e privadas, no monitoramento da evolução da pandemia no país.


*com informações do jornal O Globo


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