Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que a flexibilização da quarentena em São Paulo pode aumentar em 71% o número de mortes por coronavírus no estado até 8 de julho. As informações são do jornal O Globo.
Segundo a publicação, os pesquisadores analisaram o efeito da retomada de atividades sobre as projeções de óbitos antes da reabertura.
De acordo com o estudo, se as medidas de distanciamento social prosseguissem por mais 30 dias, o estado iria registrar 5.514 novos óbitos por Covid-19, o que representaria um total de 14.632 mortes em SP até 8 de julho. Porém, com o afrouxamento das medidas de isolamento e flexibilização do comércio, a taxa de transmissão do vírus aceleraria, e as mortes causadas pela doença poderia chegar a 15.798. O total bateria 24.986 óbitos até o início de julho – quase 10.300 mortes a mais.
"Quando olhamos as evidências, e podemos citar também casos internacionais, vemos que cada vez que há uma flexibilização ocorre aumento de óbitos, porque ao diminuir o distanciamento físico se aumenta a transmissão do vírus", explicou a cientista política Lorena Barberia, professora da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do estudo.
O grupo faz parte da Rede de Pesquisa Solidária, que reúne mais de 40 pesquisadores de diferentes instituições, públicas e privadas, no monitoramento da evolução da pandemia no país.
*com informações do jornal O Globo