Dor de cabeça deve ser investigada

Há mais de 180 tipos de cefaleias. Entre as causas mais comuns, estão estresse, falta de sono e uso de óculos com grau incorreto

Por: Matheus Müller & Da Redação &  -  12/05/19  -  16:37
Há mais de 180 tipos de cefaleias
Há mais de 180 tipos de cefaleias   Foto: Mônica Sobral/ AT

Se você já sofre com dores de cabeça, não fique ainda mais estressado com esse dado: existem mais de 180 tipos de cefaleias (termo técnico). O estado emocional é um dos gatilhos para o problema, que também pode ser reflexo da falta de sono, uso de óculos com grau incorreto, exposição a ruídos, traumas por batidas, sintoma de alguma doença e, é claro, da enxaqueca.


Segundo a neurologista Rosana Ferreira, as cefaleias são divididas em primárias, que são as enxaquecas, e secundárias, que estão ligadas a um problema inicial, como os exemplos mencionados acima. 


“Nos consultórios, (os casos) que mais recebemos são as enxaquecas. Se tratadas, as dores são abrandadas e conseguimos espaçar os surtos e as crises, que são muito intensas”. 


Rosana conversou com a Reportagem enquanto participava de um congresso de neurologia na Philadelphia, nos Estados Unidos. 


No encontro, foi apresentado um medicamento que previne a enxaqueca. Os testes foram positivos e a droga, aprovada pelo Food and Drug Administration, o FDA, órgão regulador norte-americano. 


“No mês que vem, a medicação será lançada no Brasil. Essa substância é injetável e semelhante a uma caneta de insulina. Ela previne a dor por até um mês”. 


Quando procurar ajuda?


Rosana diz que o campo das cefaleias é muito grande e orienta a população a ficar atenta aos sinais das dores. “Se for persistente, intensa e não cessar com analgésicos comuns, o indivíduo deve procurar um neurologista. Assim, a dor de cabeça será investigada para determinar qual o tipo de dor e o tratamento para resolvê-la”.


Estresse


De acordo com o neurologista Pedro Oscar Nassif, tem crescido o número de pacientes entre 13 e 40 anos com queixas de dores de cabeça. O médico acredita que fatores como depressão, angústia, ansiedade e insônia ajudam a entender esse dado e, também, a como orientar e tratar as cefaleias. 


A psicóloga Andreza Bellentani conta que alguns pacientes chegam ao consultório tendo como queixa principal a dor de cabeça. Segundo ela, em muitas das vezes, vêm indicados por neurologistas. 


“Acredito que as dores tenham uma relação com o estilo de vida do indivíduo e o enfrentamento do estresse. Minhas orientações são: ter acompanhamento psicológico, buscar um hobby, ter uma alimentação saudável, iniciar uma atividade física, fazer exercício de relaxamento ou meditação, ficar próximo a familiares e amigos e dormir horas suficientes”.


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