Doença mortal causa pânico no Estado de São Paulo; saiba tudo sobre a febre hemorrágica brasileira

Tira-dúvidas mostra o que você precisa saber sobre o vírus que já matou um homem no Interior de São Paulo

Por: Nathália de Alcantara  -  23/01/20  -  17:20
Apenas outros três casos do vírus (2 em SP e 1 no PA) foram registrados em toda a história
Apenas outros três casos do vírus (2 em SP e 1 no PA) foram registrados em toda a história   Foto: Divulgação/Bulletin of the World Health Organization

A aparição de mais uma doença mortal tem sido um dos assuntos mais comentados nos últimos dias. Mas, afinal, o que se sabe sobre a febre hemorrágica brasileira? ATribuna.com.br preparou um tira-dúvidas com tudo o que você precisa saber sobre a doença rara que já matou um homem no interior de São Paulo.


Todas as pessoas - entre 100 e 150 - que tiveram contato com o paciente que morreu serão monitoradas até 3 de fevereiro, período máximo para uma possível incubação do vírus. Até agora, nenhuma apresentou sintomas da doença. Por enquanto, isso é o que se tem de concreto sobre o assunto.


Segundo o infectologista do Hospital Albert Einstein Jacyr Pasternak, a doença é rara e não é preciso desespero. “A melhor maneira de se proteger é evitar roedores que vivem em ambientes silvestres”.


Isso porque, diz Pasternak, a infecção de humanos só acontece de forma acidental, se houver inalação de partículas com urina, fezes e saliva desses animais.


O especialista explica ainda que o início dos sintomas da doença acontece de seis a 14 dias após a exposição ao vírus. “Os primeiros sinais são febre, mal-estar, dores musculares, dores de cabeça, no estômago, ao redor dos olhos, tonturas e sensibilidade à luz”, diz Pasternak. Quem tiver esses sintomas deve procurar um médico imediatamente.


>> Saiba mais sobre a febre hemorrágica brasileira


Conhecida também como arenavírus, a doença causa febre hemorrágica e pode causar complicações neurológicas e hepáticas. O tratamento é feito conforme o quadro clínico e sintomas do paciente. Então, não existe uma recomendação geral para o assunto.


“É importante destacar que não há motivo para preocupação. É uma doença rara e restrita aos ambientes silvestres”, tranquiliza a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo, Helena Sato.


Sumido


A infectologista Tereza Machado diz que na literatura há registro de apenas quatro casos humanos de febre hemorrágica brasileira. E que todos são da década de 1990. Desses, três foram registrados no estado de SP e adquiridos em ambientes silvestres.


“Essa doença apareceu pela última vez em 1999, ou seja, há mais de 20 anos. As pessoas devem seguir as orientações passadas pelos especialistas para que o arenavírus seja contido. Já os especialistas devem buscar os motivos que a trouxeram de volta à sociedade”.


Humanos


Até o momento, não há registros de transmissão entre humanos. Isso aconteceria em caso de contato com secreções de alguém infectado – como sangue, urina, fezes, saliva, vômito e sêmen.


Por se tratar de uma doença rara, técnicos da Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo estão pesquisando o vírus e possíveis tipos de roedores que podem transportá-lo.


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