Dias quentes exigem cuidados na alimentação; entenda

Dependendo do alimento, há chance de aumento ou diminuição da pressão arterial, indigestão ou mal estar

Por: Sheila Almeida, da Redação  -  16/12/18  -  13:56
  Foto: Irandy Ribas/A Tribuna/Arquivo

Bateu fome na areia? Não coma qualquer coisa: uma refeição adequada é indicada por médicos a quem pretende passar horas curtindo o calor na praia ou piscina. Se bem pensada, ela pode prolongar a sensação de bem-estar para aproveitar melhor o dia na areia.


Dependendo do alimento ingerido, há possibilidade de aumento ou diminuição da pressão arterial, indigestão ou mal estar. A médica Elaine Moreira, membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), explica que é mito dizer que a comida fez mal por comer com "o corpo quente". A explicação correta tem um nome técnico: homeostase, a capacidade do organismo manter a temperatura corporal.


"Essa temperatura, geralmente, fica entre 36,1°C e 36,2°C. O que acontece no verão é que existe um processo de digestão mais lenta. Não é que o corpo quente vai estragar o alimento. A preocupação maior é com a procedência dos alimentos, que podem não estar em condições adequadas de conservação e podem estragar por conta da temperatura externa", conta.


Digestão lenta


Elson Vidal Martins Júnior, professor de Gastroenterologia da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), complementa que essa digestão mais lenta é que causa a confusão.


"No processo de digestão, você mobiliza sangue no tubo digestivo. Quando a pessoa come uma quantidade maior, ou ingere comidas mais gordurosas, causa ainda mais trabalho ao corpo. Se você faz atividade física, como nadar ou jogar bola, precisa de mais sangue para a musculatura - o que será mais difícil. Aí, a pessoa pode sentir tonturas, queda de pressão. O ideal é comer alimentos leves e descansar", diz, lembrando que a digestão costuma levar em média três horas.


A dica de Elaine Moreira é abusar de frutas, legumes, verduras e se hidratar, evitando refrigerantes, sucos ou outros alimentos industrializados por conta do teor de sódio (sal), que elevam a pressão arterial.


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