Brasil tem quase 260 mil mortes por Covid-19, e registra novo recorde

País está atrás apenas dos Estados Unidos em quantidade de óbitos pela doença, com 1.840 pessoas nas últimas 24 horas

Por: De Estadão Conteúdo  -  04/03/21  -  00:45
Atualizado em 04/03/21 - 00:46
 Baixada Santista recebeu apenas 85,4% do que havia sido repassado no igual período de 2019
Baixada Santista recebeu apenas 85,4% do que havia sido repassado no igual período de 2019   Foto: Matheus Tagé/AT

A quantidade de mortes pela covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas chegou a 1.840 nesta quarta-feira (3), novo recorde da pandemia no País, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. O número põe o Brasil perto de assumir a liderança nos registros diários de óbitos em todo o mundo, só atrás dos Estados Unidos, que têm observado queda na incidência da doença nas últimas semanas.


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Os dados do consórcio, composto por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, são coletados junto às secretarias estaduais de saúde. Nesta quarta-feira, os registros mostraram 367 óbitos no Estado de São Paulo, 227 em Minas Gerais, 186 no Rio e 179 no Rio Grande do Sul, que lideram as estatísticas absolutas. No cômputo geral, o País já se aproxima das 260 mil mortes, tendo hoje 259.402 óbitos confirmados pela doença.


A média móvel de mortes nesta quarta ficou em 1.332, dado que representa uma média dos últimos sete dias. Na prática, isso significa dizer que 9,3 mil pessoas morreram na última semana. O Brasil vive o seu pior momento da pandemia com avanço nos casos, internações e óbitos pelo novo coronavírus. Para a Fiocruz, a situação é "alarmante". Dezoito Estados e o Distrito Federal têm taxa de ocupação de leitos de UTI covid acima dos 80%.


O recrudescimento do cenário coloca o País perto de assumir o protagonismo mundial em relação aos registros diários de mortes, posto historicamente ocupado pelos Estados Unidos. Com a ampla vacinação que já chegou a 78 milhões de doses aplicadas em americanos, o país agora vê queda nos índices, ainda que elevados na comparação mundial. As fontes diferem sobre o patamar diário de mortes, mas se assemelham ao mostrar registro abaixo da casa das 2 mil vítimas.


De acordo com a Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos registraram nesta terça-feira, 2, 1.819 mortes, número que na conta do jornal The New York Times é de 1.306 e do The Washington Post, 1.742. O Post aponta 2.321 mortes por covid-19 nos Estados Unidos nesta quarta-feira, 3. Dessa forma, o Brasil ainda ocupa a segunda posição no ranking, mas as estatísticas indicam que os registros diários brasileiros podem em breve passar a serem os mais elevados em caráter absoluto do mundo. No total, há mais vítimas americanas: 518,7 mil.


País tem 10,7 milhões de casos e Estados adotam mais restrições


Os dados do consórcio de imprensa mostram que o País tem um total de 10.722.221 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, a esse total foi somado 74 376 testes positivos.


O avanço da doença tem feito diferentes Estados adotarem mais restrições para tentar frear a propagação do vírus. Em São Paulo, o governo anunciou a adoção da bandeira vermelha a partir deste sábado (6), com fechamento de serviços e atividades não essenciais. 


Mesmo com o aprofundamento da crise, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (3),  que a imprensa está criando "pânico" na população e se queixou de medidas de restrição e lockdown adotadas para conter a disseminação do vírus. "Para a mídia, o vírus sou eu", disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada. "Criaram o pânico. O problema está aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico. Que nem a política, de novo, do ‘Fique em Casa’. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?", perguntou.


Consórcio dos veículos de imprensa


O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.


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