O Brasil está negociando para ser um dos produtores mundiais da vacina que agirá contra a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, e está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.
Foi anunciado nesta quinta-feira (4) pela AstraZeneca que a empresa já fechou acordos internacionais para produzir 1,7 bilhão de doses da vacina, e ainda segue em busca de novos parceiros. Os acordos já firmados são com o Reino Unido, os Estados Unidos, a CEPI (Coallition for Epidemic Preparedness Innovations), a Aliança de Vacinas (Gavi) e o Instituto Serum, da Índia.
A produção brasileira serviria não somente para abastecer o país, mas toda a América Latina. O acordo do governo federal com a iniciativa privada daria esperança ao Brasil em um momento em que corria o risco de ser um dos últimos da fila de acesso à vacina por conta das polêmicas com a hidroxicloroquina e o isolamento social.
"Já há negociações com diferentes governos de diferentes países, entre eles o Brasil", confirmou a infectologista brasileira Sue Ann Clemens, que é diretora da Iniciativa Global de Saúde da Universidade de Siena e pesquisadora da Unifesp e está coordenando os centros de testagem da vacina no Brasil.
"Essa é uma oportunidade muito grande para o nosso país não só no campo da pesquisa clínica, mas também na produção de imunizantes", acrescentou.
Entre as mais de 100 vacinas contra a Covid-19 que estão sendo desenvolvidas no mundo, a da Universidade de Oxford é a que está na fase mais avançada das testagens, a 3, que vai conferir a eficácia do imunizante em pelo menos 10 mil pessoas.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo