Atenção aos sintomas do Alzheimer, mal que afeta 1,2 milhão de brasileiros

Doença não tem cura, mas pode ser tratada de modo eficiente se for diagnosticada precocemente

Por: Júnior Batista  -  20/01/20  -  13:59
Segundo informações do Ministério da Saúde, a doença afeta 11,5% da população idosa do País
Segundo informações do Ministério da Saúde, a doença afeta 11,5% da população idosa do País   Foto: Clément Falize/Unsplash

Doença neurodegenerativa que afeta ao menos 1,2 milhão de brasileiros, o mal de Alzheimer não tem cura, mas pode ter seus impactos diminuídos se os sintomas forem observados precocemente e houver o tratamento ideal, proporcionando maior qualidade de vida ao paciente.


Segundo informações do Ministério da Saúde, que complementam o número acima, apontado pela Associação Brasileira de Alzheimer, a doença afeta 11,5% da população idosa do País. Em âmbito global, a preocupação também é grande, a ponto de a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertar para a previsão de 135,5 milhões de casos de Alzheimer no mundo até 2050.


“Com o envelhecimento acelerado, o crescimento de casos de demência tem se tornado um dos principais desafios de saúde na atualidade”, afirma o médicoAierAdriano Costa.


>> Entenda o que é e como a doença atua no ser humano


O mal de Alzheimer degenera as células no cérebro e provoca diversos sintomas, como perda de memória, dificuldade de raciocínio, fala, reconhecimento de objetos e suas funções, familiares e interferência no comportamento e personalidade.


A principal dificuldade é na hora de se fazer um diagnóstico, já que os sintomas são bem parecidos com o processo natural de envelhecimento. Além disso, a doença também pode ser confundida com sintomas de outras enfermidades menos graves, por isso os primeiros sinais são muito importantes.


De acordo com o médico, é muito comum que as pessoas que estejam no processo inicial do desenvolvimento do mal de Alzheimer se lembrem de fatos antigos, porém percam a memória sobre acontecimentos recentes.


Também repetem perguntas e não conseguem se expressar bem. Outro sinal contundente é o esquecimento de nomes de parentes, amigos e objetos do cotidiano.


Comportamento


Costa alerta que, além dos sintomas iniciais, há uma mudança na personalidade e comportamento. As alterações cerebrais que ocorrem com o mal de Alzheimer podem afetar a maneira como a pessoa age e sente. É preciso ficar de olho se há outras mudanças. E ele cita as mais frequentes.


“Depressão, apatia, retraimento social, mudanças repentinas e seguidas de humor, mudanças nos hábitos de sono, aumento na desconfiança de humor, aumento na irritabilidade e na agressividade, além de delírios”.


A doença evolui de um estágio lento e leve para outro, mais grave. Infelizmente, não há nada que possa ser feito para retardar esse processo, por isso o diagnóstico precoce ajuda o paciente.


Fazer atividade física é fundamental


A OrganizaçãoMundial daSaúde (OMS)destaca que a atividade física também está associada à saúde cerebral. Estudos apontam que a vida mais ativa traz menos risco de desenvolver demências.


A recomendação é que adultos de 65 anos pratiquemnomínimo150minutos de atividades aeróbicas de intensidade moderada por semana. São pouco mais de 20 minutos por dia que podem fazer a diferençanofuturo.


“Os idosos não devem deixar de ser estimulados. Estudar, ler e pensar são formas de manter a mente ativa, além uma alimentação saudável e regrada”, diz o médicoAierAdriano Costa.


Océrebro tambémprecisa estar ativo. Além disso, a prática de exercícios é eficaz para que se construa uma rede robusta de neurônios.


Com isso, explicam os especialistas, se forma uma reserva no cérebro, fazendo com que os sintomas do Alzheimer demorem mais a aparecer e garantindo qualidade de vida por mais tempo.


Logo A Tribuna
Newsletter