Alta no preço dos remédios exige mais pesquisa

Há formas de poupar, mesmo com reajuste

Por: Rosana Rife & Da Redação &  -  03/04/19  -  00:32
Correção de 4,33% no preço dos medicamentos supera a inflação oficial
Correção de 4,33% no preço dos medicamentos supera a inflação oficial   Foto: Walter Mello/Arquivo/AT

O reajuste de 4,33% no preço dos medicamentos vai chegar às prateleiras das farmácias aos poucos, conforme os estoques forem renovados. Ainda assim, é possível não gastar tanto.


O Governo Federal autorizou a mudança na tabela desde domingo (31). O índice é superior à inflação oficial dos últimos 12 meses (o IPCA), que ficou em 3,89%.


“É uma situação ruim. As pessoas terão de cortar despesas para cobrir os gastos com remédios”, diz o especialista em Economia Hélio Hallite.


O presidente executivo da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABC Farma), Felício De Rosa Neto, concorda. “Se pensarmos em termos de saúde pública e da diminuição da capacidade de pagamento da população frente a tantos outros ajustes, esses 4,33% de correção de preços dificultarão ainda mais o acesso a medicamentos, principalmente das classes menos favorecidas”.


Desta vez, diferentemente dos últimos anos, o aumento será concedido de forma linear. Antes, havia um escalonamento conforme o número de genéricos no mercado.


Como a mudança na tabela não será imediata, há tempo de buscar alternativas – sobretudo para quem toma remédios de uso contínuo.


Por exemplo, deve-se ficar atento ao que as redes de farmácias oferecem, como descontos em cartão fidelidade e para convênio com planos de saúde.


“Os preços se equivalem, mas há farmácias que têm buscado manter o consumidor com algum tipo de desconto. O jeito é mesmo pesquisar”, diz o professor de Administração Márcio Colmenero.


A Tribuna consultou a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) sobre a data de repasse do reajuste, mas não obteve resposta até o término desta edição.


Orientações


  • Pesquise em diferentes farmácias e não deixe de pechinchar;
  • Há diferenças dentro da mesma rede, de uma loja para outra. Por isso, peça desconto;
  • Busque opções como a versão genérica do medicamento, que, em geral, é mais barata;
  • Também verifique o custo de genéricos fabricados por diferentes laboratórios, porque há diferenças altas;
  • Peça para seu médico receitar o medicamento pelo nome do princípio ativo, e não pelo de marca. Isso ajuda a optar pelo mais em conta;
  • Se não tiver prescrição, peça ajuda ao farmacêutico;
  • Fique de olho nas farmácias que oferecem descontos para quem tem cartão de fidelidade;
  • Há redes que também oferecem descontos para planos de saúde. Veja o que compensa mais;
  • Atenção à dosagem. Veja quanto você terá de tomar e não compre dosagem maior. Isso evita gastos desnecessários.

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