O reajuste de 4,33% no preço dos medicamentos vai chegar às prateleiras das farmácias aos poucos, conforme os estoques forem renovados. Ainda assim, é possível não gastar tanto.
O Governo Federal autorizou a mudança na tabela desde domingo (31). O índice é superior à inflação oficial dos últimos 12 meses (o IPCA), que ficou em 3,89%.
“É uma situação ruim. As pessoas terão de cortar despesas para cobrir os gastos com remédios”, diz o especialista em Economia Hélio Hallite.
O presidente executivo da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABC Farma), Felício De Rosa Neto, concorda. “Se pensarmos em termos de saúde pública e da diminuição da capacidade de pagamento da população frente a tantos outros ajustes, esses 4,33% de correção de preços dificultarão ainda mais o acesso a medicamentos, principalmente das classes menos favorecidas”.
Desta vez, diferentemente dos últimos anos, o aumento será concedido de forma linear. Antes, havia um escalonamento conforme o número de genéricos no mercado.
Como a mudança na tabela não será imediata, há tempo de buscar alternativas – sobretudo para quem toma remédios de uso contínuo.
Por exemplo, deve-se ficar atento ao que as redes de farmácias oferecem, como descontos em cartão fidelidade e para convênio com planos de saúde.
“Os preços se equivalem, mas há farmácias que têm buscado manter o consumidor com algum tipo de desconto. O jeito é mesmo pesquisar”, diz o professor de Administração Márcio Colmenero.
A Tribuna consultou a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) sobre a data de repasse do reajuste, mas não obteve resposta até o término desta edição.
Orientações