Toffoli autoriza Lula a deixar a prisão para ir ao velório do irmão

Será a primeira vez que o ex-presidente deixará a prisão desde abril do ano passado

Por: Da Agência Brasil  -  30/01/19  -  16:33
Atualizado em 30/01/19 - 16:36
Lula está condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nesse processo desde 24 de janeiro
Lula está condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nesse processo desde 24 de janeiro   Foto: Filipe Araujo Fotos Publicas

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, aceitou pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixe a prisão e compareça ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, que morreu nesta terça-feira (29), em decorrência de câncer no pulmão. O sepultamento será realizado em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Será a primeira vez que o ex-presidente deixará a prisão desde abril do ano passado.


Segundo a decisão, Lula só poderá ter contato com parentes durante o velório e está proibido de dar declarações públicas.


A defesa do ex-presidente recorreu ao STF após a decisão da juíza federal Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal em Curitiba, que rejeitou o mesmo pedido na madrugada de hoje. A decisão foi confirmada pelo desembargador federal Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal (4ª Região).


Na despacho, a juíza entendeu que a decisão final cabe à Polícia Federal (PF), que alegou dificuldades logísticas para realizar a viagem da superintendência da corporacão em Curitiba, onde Lula está preso, até o Cemitério Pauliceia, em São Bernardo do Campo). O enterro estava previsto para esta quarta-feira (30), às 13h.


A PF também alegou que a presença do ex-presidente poderia tumultuar a ordem pública, em razão de manifestações de simpatizantes.


A defesa de Lula alegou que a Lei de Execução Penal (LEP) prevê que presos possam deixar as unidades para comparecer ao velório de um parente próximo.


Lula está preso desde 7 de abril do ano passado por ter sua condenação no caso confirmada pelo TRF4, que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.


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