Suspeito de ataque à produtora do Porta dos Fundos é preso na Rússia

Captura foi realizada pela Interpol a pedido da Polícia Civil do Rio

Por: Da Agência Brasil  -  04/09/20  -  22:29
Sede do Porta dos Fundos foi atacado por coqueteis molotov
Sede do Porta dos Fundos foi atacado por coqueteis molotov   Foto: Reprodução/ TV Globo

Um dos suspeitos pelo ataque a bombas contra a sede da produtora do programaPorta dos Fundosfoi presopela Interpol nesta sexta-feira (4)em Moscou, na Rússia. A notícia da captura de Eduardo Fauzi foi divulgada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que realizava a investigação.


O ataque foi praticado em24 de dezembro de 2019, como represália a um especial deNatal doPorta dos Fundossobre Jesus Cristo, que teria desagradado a setores radicais.Segundo a investigação da polícia, que obteve gravações de câmeras de monitoramento na região, o atentado contou com cinco pessoas,incluindo Fauzi, que aparece em uma das imagens.


Foram arremessados dois coquetéis-molotovs contra a produtora e o incêndio só não se propagou porque havia um vigia na empresa. De acordo com o delegado Marco Aurélio Ribeiro, titular da 10ª DP (Botafogo) à época, responsável pelas investigações, os agentes descobriram que Fauzi havia deixado o país com destino à Rússia, em 29 de dezembro.


A delegacia realizou um pedido de captura com a colaboração da Interpol do Rio de Janeiro, incluindo o nome dele na lista dos foragidos do país. Fauzi já havia morado na Rússia, onde teria, segundo informações divulgadas à época, uma esposa e um filho.


Por meio de nota, oescritório ROR Advocacia Criminal, que defende Fauzi, informou que acompanhaa situação.


“No tocante às informações de que Eduardo estaria preso, ressaltamos que não se trata de prisão e sim de uma apreensão realizada pelas autoridades russas, visando a averiguação da situação dele. Não há confirmação sobre o procedimento de extradição pelas autoridades brasileiras. Por fim, ressaltamos que há pendente a análise de pedido de habeas corpus, visando assegurar a integral liberdade de Eduardo, junto ao Superior Tribunal de Justiça. Por outro lado, a defesa lamenta a morosidade na conclusão das investigações, não se sustentando o decreto prisional, por total ausência de provas sobre a justa causa penal”, comentou a defesa.


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