Saiba como desbloquear as contas digitais do auxílio emergencial

Na terça-feira (21), o banco estatal informou ter bloqueado contas com suspeita de fraude, mas não detalhou quantas contas foram suspensas no total

Por: Da Agênica Brasil  -  23/07/20  -  00:01
Atualizado em 23/07/20 - 00:09
O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal
O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal   Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, explicou nesta quarta-feira (22) como vai funcionar o procedimento para liberação de acesso no aplicativo Caixa Tem, que é uma poupança digital usada por quem recebe o auxílio emergencial de R$ 600. Na terça-feira (21), o banco estatal informou ter bloqueado contas com suspeita de fraude, mas não detalhou quantas contas foram suspensas no total. O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal (PF).


Quem acessar o aplicativo Caixa Tem e estiver com a conta bloqueada terá que verificar em qual das situações se encontra: suspeita de fraude ou inconsistência cadastral. Cada caso terá uma mensagem específica e vai requerer um procedimento diferente. 


"Temos um grupo com suspeita de fraude, [que representa] 51% das contas bloqueadas. Neste caso, o cliente precisa procurar uma agência para desbloquear. São as contas com suspeita de fraude e aquelas que já sofreram fraude", afirmou Guimarães durante uma coletiva de imprensa. Outra parte dos beneficiários que teve a conta bloqueada não precisará ir até uma agência e poderá fazer um recadastramento online, com envio de documentação de forma digitalizada.  


"Temos um segundo grupo, com 49% desses [acessos] que foram bloqueados, com uma inconsistência cadastral. O que deve ser feito é um novo acesso ao aplicativo para envio de documentação [online]. Essa inconsistência cadastral evita a necessidade de ida a agência e vai acelerar a liberação do cadastro", acrescentou Guimarães.   


Testes realizados no Laboratório de Tecnologia Virológica (Latev) de Bio-Manguinhos confirmaram a eficácia contra o coronavírus SARS-COV-2 de um tecido com propriedades antivirais. Financiado pelo Edital de Inovação para a Indústria do Senai, o projeto é uma parceria entre a empresa catarinense Diklatex e o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/Cetiqt).


Os resultados foram apresentados em uma transmissão ao vivo na tarde de hoje(22). Segundo os pesquisadores, uma das formulações testadas conseguiu inativar 99,9% de partículas virais do novo coronavírus e dos vírus do sarampo e da caxumba. Contra o agente causador da covid-19, a inativação se concretizou em apenas um minuto após o contato do microorganismo com a máscara.


O trabalho para desenvolver o tecido começou em março e envolve uma equipe de médicos, microbiologistas e engenheiros. Os testes foram realizados em Bio-Manguinhos, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), devido ao nível de segurança requerido para as pesquisas. A chefe do Latev, Sheila Maria Barbosa de Lima, destacou que a pesquisa faz parte do esforço da Fiocruz de enfrentar um dos maiores desafios de sua história no ano em que completa 120 anos. "Nosso desenvolvimento tecnológico aqui trabalha na frente de vacinas, kits diagnósticos, fármacos. Essa parte de tecido é totalmente nova pra gente".


A pesquisa primeiro testou a eficácia dos tecidos nos vírus causadores do sarampo e da caxumba, que requerem laboratórios com nível de segurança NB-2. Os dois antígenos foram escolhidos por suas semelhanças moleculares e na forma de transmissão com o SARS-CoV-2. Com as melhores formulações selecionadas, os cientistas partiram para o laboratório com nível de segurança NB-3, exigido para realizar testes com o novo coronavírus.


Os pesquisadores estudaram variações de prata, zinco e compostos orgânicos, buscando produtos leves, que não agredissem a pele ou afetassem a respiração. O engenheiro têxtil Eduardo Habitzreuter, da Diklatex, explicou que a formulação mais eficientes teve ainda outras vantagens em relação às demais: "Uma das principais vantagens é um custo mais baixo, e, por ser biodegradável, a gente fica mais tranquilo com o descarte".


A ideia é usar os tecidos em itens hospitalares que poderão ser lavados e reutilizados, como máscaras e aventais, que requerem especificidades diferentes. No caso das máscaras, por exemplo, a respirabilidade é um componente importante. Já nos aventais, os pesquisadores buscaram resistência a rasgos e a líquidos, por exemplo, além da ação antiviral.


No caso das máscaras, o tecido desenvolvido também possui filtragem bacteriana superior a 80%. Os testes demonstraram ainda que a ação antiviral resiste a 25 lavagens caseiras.


Segundo o engenheiro Raphael Bergamini, do Senai/Cetiqt, os pesquisadores devem trabalhar agora para elevar também o nível de proteção bacteriana e certificar o material junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


O coordenador da plataforma de Fibras do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, Adriano Passos, destacou os benefícios que a parceria pode trazer para a inovação no país. "Isso abre portas para outras metodologias, porque, às vezes, a indústria têxtil sofre para mandar isso para fora do país para fazer análises, porque tem um custo". 


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