Pesquisa aponta aumento de 5% em interesse pela Black Friday

Levantamento aponta que 21% dos empresários brasileiros devem aderir, contra 16% no ano passado; média de descontos, porém, caiu

Por: Da Redação  -  29/10/19  -  23:05
Quase metade dos empresários crê que as vendas serão melhores; já o desconto médio deve ser menor
Quase metade dos empresários crê que as vendas serão melhores; já o desconto médio deve ser menor   Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo/Arquivo

Maior número de lojas com promoções, mas média menor de descontos em relação a 2018. Assim deve ser a Black Friday este ano, que acontece no dia 29 de novembro. Pesquisa feita em todas as regiões do País pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que 21% dos empresários brasileiros, que atuam nos ramos de comércio e serviços, devem aderir a Black Friday, contra os 16% do ano passado. Porém, os descontos oferecidos serão de 24,2%, em média, porcentagem que ficou em 28,9% em 2018.  


Dos empresários que vão aderir à Black Friday, 43% acreditam que as vendas em 2019 serão melhores do que as do ano passado, enquanto 32% falam em estabilidade. Apenas 11% projetam vendas piores. Entre os que aderiram em 2018, a maioria (63%) obteve bons resultados de vendas.  


O presidente do Sindicato do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (Sincomércio), Omar Abdul Assaf afirma que na região a adesão a esse dia de promoções aconteceu aos poucos, principalmente com os comércios de médio e pequeno portes, que não pertencem a grandes franquias.  


“Atualmente, acredito que, de fato, essa data faz parte do calendário de ações das lojas na nossa região. Sem dúvida, a grande antecipação dos consumidores por essa oportunidade influencia até os comerciantes mais resistentes. Além disso, percebeu-se que a participação na Black Friday é muito adaptável, podendo oferecer descontos na loja inteira ou em apenas alguns produtos, por exemplo”, diz ele.  


Assaf ressalta que é uma atração praticamente mundial hoje em dia, e tem a força de uma campanha do porte. “Dada essa visibilidade, fazer parte da campanha é, com certeza, um grande potencial de lucro para o varejo da Baixada, segmento que possui a vantagem de proximidade e acessibilidade ao consumidor, que não quer se deslocar até São Paulo e encarar multidões para encontrar boas liquidações”.  


Estratégias  


Considerando os empresários que vão participar da Black Friday deste ano, 57% acreditam que a data representa uma oportunidade para divulgar a loja e prospectar novos clientes e 43% veem a chance de aumentar as vendas. Há ainda 25% que querem desovar estoques parados.  


Quanto às formas de preparação, as promoções especiais (55%) serão a principal estratégia dos empresários. Há ainda 42% que vão investir na divulgação da empresa, 23% que planejam aumentar os estoques, 16% que vão apostar na variedade de produtos e serviços ofertados e 11% que irão investir na operação das vendas pela internet, alcançando um público maior.  


Dos pesquisados, 54% acham que a Black Friday não prejudica as compras de Natal. 


Pesquisa 


O levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito ouviu 1.177 empresários de todos os portes que atuam no comércio e no setor de serviços nas cinco regiões do País, tanto nas capitais quanto no interior. A margem de erro é de até 3 pontos percentuais para mais ou menos, com uma margem de confiança de 95%. A íntegra da pesquisa pode ser verificada em www.spcbrasil.org.br/pesquisas. 


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