Pai tatua prótese para ficar igual a filha que teve perna amputada: “Nossa relação é fantástica”

Túlio Catelani, comerciante do Rio de Janeiro, fez a tatuagem da prótese da filha, Valentina, de 5 anos, que teve de amputar parte da perna direita quando tinha apenas 1 ano e três meses

Por: De A Tribuna On-line  -  10/08/19  -  20:46
O comerciante Túlio com a filha Valentina, de 5 anos
O comerciante Túlio com a filha Valentina, de 5 anos   Foto: Mauricio Bazilio/Divulgação SES

O pai de uma menina de 5 anos, que teve parte da perna amputada, decidiu tatuar uma prótese igual a da filha para homenageá-la. O comerciante Túlio Catelani, de 34 anos, mora com a família em Cordeiro, Região Serrana do Rio de Janeiro.  


Valentina Gomes Araújo Catelani, de 5 anos, nasceu com má formação congênita (hemimelia fibular) e teve de amputar parte da perna direita quando tinha apenas 1 ano e três meses. O tratamento dela foi feito pelo Hospital Estadual da Criança com o médico Daniel Furst, que utilizou a tecnologia “symes”. Ela consiste em um módulo de pé de carbono conectado ao calcanhar tendo um grafismo como tema. 


“Quanto mais jovem é feita a prótese na criança, melhor a adaptação”, afirmou o médico. Ainda de acordo com o especialista, Valentina não tem praticamente nenhuma limitação, bastando ajustes no tamanho que ainda são feitos conforme Valentina cresce. 


“Quando a minha pequena foi fazer a segunda prótese, a gente descobriu que ela poderia ser decorada. Ela escolheu um tema, a gente aplicou e eu tive a ideia. Falei, "cara, parece uma tatuagem". Vou fazer em mim para ficar igual. Esperei ela ter 5 anos para ficar igual. A palavra certa não é homenagear. O que eu queria era ficar igual a ela” conta Túlio.o SES 


O pai de Valentina explica que a menina já nasceu com o problema e, por isso, aprendeu a andar já com a prótese. “Ela não tem limitação nenhuma. É vida 100% normal”, conta.


Túlio relata que a filha chama a tatuagem de “a prótese do meu pai”. Ele acha importante ter marcado a pele pois é confortável olhar para o seu pai e de alguma forma ele estar parecido com você.  “Ela se amarrou na tatuagem. Eu acho que vai ser bem reconfortante para ela ao longo da vida”, afirma.


Quando fez a tatuagem, logo após a primeira sessão, Valentina fez questão de levar o pai para que os amiguinhos da escola vissem a "prótese". Túlio não pode ir e pensou que seria melhor apresentar para a turma quando ficasse pronta. Mas a ansiedade da menina falou mais alto.


“Eu vi que ela queria muito e, no dia seguinte, mostrei para a sala de aula. Mesmo não estando pronto, foi aquela festa. A gente é muito apegado, conversamos muito. A nossa relação é fantástica. É o herói dela aí ficando igual a ela. Para ela, é fantástico”, resume Túlio. 


*Com informações do Extra 


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