Paciente internado com Covid-19 pode ter sintomas por meses, diz estudo

Mais da metade dos pacientes internados que receberam alta hospitalar ainda tiveram sintomas como falta de ar, fadiga, ansiedade e depressão por três meses após a infecção inicial

Por: Da Agência Brasil  -  20/10/20  -  14:30
Pesquisadores do Reino Unido revelam seis tipos diferentes de Covid-19
Pesquisadores do Reino Unido revelam seis tipos diferentes de Covid-19   Foto: Reprodução/Visual Science

Mais da metade dos pacientes internados com Covid-19 que receberam alta hospitalar ainda tiveram sintomas como falta de ar, fadiga, ansiedade e depressão por três meses após a infecção inicial. As conclusões são de um estudo feito no Reino Unido.


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A pesquisa, liderada por cientistas na Universidade de Oxford, analisou o impacto de longo prazo da covid-19 em 58 pacientes internados por causa da doença.


O estudo mostrou que alguns pacientes tiveram anormalidades em múltiplos órgãos, depois de serem infectados pelo novo coronavírus e que a inflamação persistente causou problemas para alguns por meses.


O estudo não foi revisado por outros cientistas, mas foi publicado antes dessa revisão no site MedRxiv. 


"Essas descobertas enfatizam a necessidade de se explorar mais os processos fisiológicos associados à covid-19 e desenvolver um modelo holístico, integrado, de atendimento clínico para nossos pacientes depois que eles têm alta do hospital", disse Betty Raman, médica do Departamento Radcliffe de Medicina, de Oxford, que coliderou o estudo.


Um relatório inicial do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde britânico, publicado na semana passada, mostrou que doenças remanescentes após a infecção pela covid-19, algumas vezes chamada de "covid longa", pode envolver ampla gama de sintomas que afetam todas as partes da mente e do corpo.


Os resultados do estudo de Oxford mostraram que dois a três meses após o início da covid-19, 64% dos pacientes sofreram com falta de ar persistente e 55% relataram fadiga significativa.


Exames mostraram ainda anomalias nos pulmões de 60% dos pacientes, nos rins de 29%, no coração de 26% e no fígado de 10%.


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