Novos líderes assumem comando de órgãos da União Europeia

Entre os desafios estão a luta contra as mudanças climáticas e a unidade europeia

Por: Do Estadão Conteúdo e da Associated Press  -  02/12/19  -  16:46
Alemã Ursula von der Leyen substituiu Jean-Claude Juncker como presidente da Comissão Europeia
Alemã Ursula von der Leyen substituiu Jean-Claude Juncker como presidente da Comissão Europeia   Foto: Frederick Florin/ AFP

Uma nova equipe de líderes assumiu o comando da União Europeia (UE) nesse domingo (1°), com o compromisso de colocar a luta contra as mudanças climáticas no topo de sua agenda e promover a unidade europeia, apesar do Brexit.


A alemã Ursula von der Leyen substituiu oficialmente Jean-Claude Juncker como presidente da Comissão Europeia, braço executivo da UE. A ex-ministro da Defesa alemã é a primeira mulher a assumir o cargo. Já o ex-primeiro-ministro belga Charles Michel sucedeu Donald Tusk como presidente do Conselho Europeu.


Com foco na questão ambiental, Ursula vai segunda-feira (2) a Madri, na Espanha, para Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP25). “A UE quer ser o primeiro continente neutro em termos de clima em 2050. A Europa está liderando esse tópico e sabemos que precisamos ser ambiciosos com o nosso planeta”, disse a repórteres.


Na companhia do presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, e da nova presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, Ursula von der Leyen e Michel marcaram o início de seus mandatos de cinco anos em Bruxelas, em eventos do 10º aniversário do Tratado de Lisboa, o livro de regras da UE.


Esforços inadequados


O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou domingo que os esforços mundiais para impedir as mudanças climáticas foram “totalmente inadequados” até agora e há o perigo de que o aquecimento global possa passar pelo “ponto sem retorno”.


Em declaração a repórteres antes do início da conferência climática internacional de duas semanas em Madri, o líder da ONU observou que o mundo tem o conhecimento científico e os meios técnicos para limitar o aquecimento global, mas “o que falta é vontade política”. “O ponto de não retorno não está mais no horizonte”, disse Guterres, ele “está à vista e se aproximando de nós”.


O secretário insistiu, contudo, que sua mensagem era “de esperança, não de desespero. Nossa guerra contra a natureza deve parar, e isso é possível”.


Delegados de quase 200 países tentarão dar o toque final nas regras que regem o acordo climático de Paris, de 2015, na reunião de 2 a 13 de dezembro. (Estadão Conteúdo e Associated Press)


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