'Não tenho esse tipo de pretensão', diz Moro sobre eleições de 2022

O presidente Jair Bolsonaro chegou a cogitar o nome do ministro para seu vice nas próximas eleições

Por: Do Estadão Conteúdo  -  21/01/20  -  10:47
Atualizado em 21/01/20 - 11:04
Moro disse que candidato do presidente Jair Bolsonaro deve ser ele mesmo
Moro disse que candidato do presidente Jair Bolsonaro deve ser ele mesmo   Foto: Reprodução/TV Cultura

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, negou, nesta segunda-feira (20), uma eventual candidatura à Presidência da República, durante o programaRoda Viva, da TV Cultura.


"Não tenho esse tipo de ambição. Temos de ter bastante pé no chão, existe o famoso ditado antigo que diz sic transit gloria mundi (toda glória do mundo é transitória, em latim). Então, essas questões de popularidade, elas vem, vão, passam, e o importante para mim é fazer meu trabalho como ministro da Justiça, e foi o que eu me propus com o presidente, acho que estamos num caminho certo", afirmou.


Questionado se assinaria um documento em que se comprometeria a não concorrer, o ex-juiz da Lava Jato afirmou: "não faz sentido assinar um documento desse, porque muitas pessoas assinaram e depois rasgaram. Eu não tenho esse tipo de pretensão".


O presidente Jair Bolsonaro chegou a cogitar o nome do ministro para seu vice nas próximas eleições. Pesquisa Datafolha divulgada em janeiro indica que o ministro da Justiça é conhecido por 93% dos brasileiros e aprovado por 53%. Antes, o mesmo instituto divulgou pesquisa de avaliação do presidente da República, Jair Bolsonaro, indicando que a aprovação dele é mais modesta, de 30%.


Moro, no entanto, afirma que o "candidato do presidente Jair Bolsonaro deve ser ele mesmo". "Ele já manifestou o desejo de ser reeleito", disse.


"Se um ministro do presidente Jair Bolsonaro, evidentemente, os ministros vão apoiar o presidente. É um caminho natural. Eu não tenho esse tipo de ambição. Eu posso dizer: minha vida é suficientemente complicada Eu estou pensando no presente momento Não posso pensar no que vou fazer daqui a dez anos", afirmou o ministro, que ainda especulou sobre a possibilidade de tirar "um ano sabático" ou de migrar para a iniciativa privada.


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