Justiça determina que deputada Flordelis use tornozeleira eletrônica

Deputada é investigada pela morte do pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar

Por: Da Agência Brasil  -  19/09/20  -  16:32
Crime aconteceu em junho de 2019, em Niterói (RJ)
Crime aconteceu em junho de 2019, em Niterói (RJ)   Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Justiça do Rio determinouneste sábado (18) que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) seja monitorada por tornozeleira eletrônica e fique em recolhimento domiciliar das 23h às 6h. A decisão é da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói. Flordelis, sete filhos e uma netafiguram como réus na morte do pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar, assassinado quando chegava casa, no bairro de Piratininga, em Niterói, em junho do ano passado. Flordelis é acusada de ser mandante do crime, mas não foi presa porterimunidade parlamentar.


Na decisão, a juízaNearis Arce escreveu que a aplicação das medidas cautelares são necessárias após a testemunha Regiane Ramos Cupti Rabello narrar em juízo e ao Ministério Público atentado com artefato explosivo ocorrido na residência da testemunha. “A referida testemunha jáhavia noticiado no curso do processoque a réFlordelis vinha buscando interferir na busca da verdade real,inclusive intimidando o réu Lucas, seu filho afetivo. Recentemente, compareceu a testemunha aocartório deste Juízo, bastante nervosa e temerosa, noticiando fatos gravíssimos, até mesmo o lançamento de um artefato explosivo em seu quintal, quando, então,fora encaminhada ao Ministério Público, onde narrou detalhadamente perante o promotor deJustiça seu grande temor, em especial em relação aos réus Flordelis e Adriano”.


A juíza escreveu ainda na decisão, que “a testemunha afirma acreditar que a bomba foi jogada em seu quintal para intimidar adepoente e também para intimidar o réu Lucas, que poderia sentir-se pressionado a voltar atrásem sua versão para que a depoente não sofresse novos ataques e atentados diante do fortevínculo afetivo entre ambos. Segundo Regiane, o "atentado" em questão foi uma forma de"passar um recado para Lucas, para que ele calasse a boca e não mais relatasse a verdade”.


A juíza Nearis Arce escreveu em outro trecho da decisão que “certo é que, como salientado pelo MP [Ministério Público], no curso do processo em que foram denunciadosLucas e Flavio, houve a determinação deste Juízo de que a ré Flordelis entregasse a carteirinhade visitação do réu Lucas, apóstertentado visitá-lo mesmo após a proibição deste juízo. O comportamento da agora ré Flordelis indicava tentativa de interferência na prova a sercarreada em relação aos mesmos fatoshojea ela também imputados”.


A magistrada determinou que encaminha-se ofício à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) para a instalação do aparelho de monitoração com urgência a ré Flordelis.


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