Guaidó anuncia plano econômico e denuncia caso de intimidação

Presidente autoproclamado diz que homens identificados como membros de força de segurança foram à sua casa

Por: Da AFP  -  01/02/19  -  22:19
Guaidó é entrevistado ao lado da esposa, Fabiana Rosales, e segurando a filha, Miranda
Guaidó é entrevistado ao lado da esposa, Fabiana Rosales, e segurando a filha, Miranda   Foto: Federico Parra/France Presse

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, denunciou, na quinta-feira (31), que corpos de elite de segurança se aproximaram de sua residência para intimidar a sua família, e responsabilizou o governo de Nicolás Maduro.


“Não vão me amedrontar”, disse o líder opositor, de 35 anos, com sua filha de 20 meses nos braços, às portas de sua casa em Caracas.


Guaidó assegurou que homens identificados como membros das Forças de Ações Especiais (Faes) foram à sua casa, em duas motos e uma caminhonete sem placas, e perguntaram ao segurança da entrada por sua esposa, Fabiana Rosales, e pela família.


“Buscavam informações. O objetivo é evidente [...] A esses funcionários digo: não cruzem o limite”, expressou Guaidó, presidente do Parlamento de maioria opositora.


Os Estados Unidos, que reconheceram Guaidó como presidente interino, advertiram que haverá “sérias consequências” se o governo Maduro tomar medidas para “prejudicar” o opositor.


O conselheiro de Segurança Nacional americano, John Bolton, recomendou na quinta-feira a Maduro e a seu círculo que “aproveitem a anistia” que Guaidó oferece a militares e civis que colaborarem com o governo de transição.


O opositor havia denunciado a “intimidação” do tablado onde apresentava o seu “Plano País” para enfrentar o colapso econômico venezuelano, no auditório da principal universidade do país, em Caracas.


Sua esposa estava a seu lado, mas em casa se encontrava sua filha, por cuja “integridade” tornou Maduro “responsável”. Do auditório foi para casa com diplomatas e outros participantes do ato, além de um grupo de jornalistas.


O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, condenou “energicamente” o ato. “Claramente esta foi uma tentativa de intimidação a ele e à oposição”, declarou o senador americano Marco Rubio.


O ministro do Interior, Néstor Reverol, havia dito mais cedo que, na quarta-feira, foram abatidos dois homens que se passavam por efetivos dos Faes “para criar falsos positivos, terror e confusão”.


Guaidó, fortalecido pelo reconhecimento da Eurocâ-mara, apresentou seu plano que tem como eixos lidar com “a emergência humanitária (saúde, alimentação)”, “frear a seco a inflação”, reativar a indústria petroleira e restabelecer os serviços públicos. 


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