Grupo invade parlamento nos Estados Unidos com fuzis por fim da quarentena
Manifestante armados exigiram que o governo do estado de Michigan acabasse com o período de confinamento
Os Estados Unidos lideram o número de casos confirmados do novo coronavírus no mundo. Passou de um milhão de pessoas infectadas no país, com mais de 63 mil mortos. Apesar da pandemia e das estatísticas preocupantes, um grupo de manifestantes invadiu, armado, o parlamento de Michigan para exigir o fim da quarentena. O episódio ocorreu nesta quinta-feira (30).
Cerca de 3.500 pessoas morreram devido à Covid-19 no estado de Michigan, segundo a contagem Universidade Johns Hopkins. Por isso, o governo da região, governado pela democrata Gretchen Whitmer, pretendia estender as medidas restritivas e de confinamento, o que não agradou algumas pessoas.
O grupo invadiu o parlamento para protestar portando fuzis e outras armas longas. Os manifestantes abarrotaram o lobby de entrada do edifício, exigindo que liberassem a entrada para eles. No entanto, a polícia impediu que eles adentrassem o local.
Outro grupo protestou do lado de fora do parlamento, com cartazes. Um, inclusive, associava a governadora Whitmer ao ditador nazista Adolf Hitler.
A onda de manifestações foi chamada de American Patriot Rally (Ato Patriota Americano, em tradução livre). Ela foi organizada por um grupo que se denominou Michigan United for Liberty (Michigan Unido pela Liberdade).
"Não estamos de acordo ou consentimos que nossos direitos inalienáveis sejam restringidos ou rescindidos por qualquer motivo, incluindo a pandemia pela Covid-19", disse o grupo em sua página no Facebook.
Foi a segunda vez, só em abril, que os manifestantes exigiram que o governo retirasse as restrições de confinamento.
Após o ocorido, a governadora Whitmer fez uma postagem em seu Twitter sem citar a manifestação armada, mas afirmando que "há milhões de habitantes de Michigan fazendo sua parte para impedir a disseminação da Covid-19 todos os dias". "Nós vamos superar isso juntos", garantiu ela.
*Com informações do Estadão
