General Heleno nega participação em ato pró-Bolsonaro

General disse que foi até a via central de Brasília para agradecer pelo trabalho das Forças Armadas

Por: Do Estadão Conteúdo  -  07/06/20  -  20:07
Segundo general Augusto Heleno,
Segundo general Augusto Heleno, "ninguém vai vender arma na esquina"   Foto: Arquivo/Agência Brasil

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, negou que tenha participado, neste domingo (7) de um ato pró-Bolsonaro, em Brasília.


Heleno estava presente entre os poucos manifestantes que estiveram na Esplanada do Ministério na manhã deste domingo, em apoio ao presidente da República.


No Twitter, o general disse que foi até a via central de Brasília para agradecer pelo trabalho das Forças Armadas. O ministro fez referência ao canal de TV CNN, dizendo que não teria ido ao local para se manifestar. "POR FAVOR,CNN. NÃO FUI PARTICIPAR DE MANIFESTAÇÃO. As imagens mostram. Fui à Esplanada dos Ministérios agradecer aos integrantes das F Seg, pelo trabalho abnegado e competente que realizam, em prol de manifestações pacificas. É atitude de camaradagem, comum entre nós, militares."


Durante a semana, o presidente Jair Bolsonaro chegou a pedir a manifestantes pró-governo que não fossem à Esplanada neste domingo, como forma de evitar atritos com os manifestantes contra o governo, que estiveram presentes em maior volume na Esplanada. Os atos em Brasília se encerraram por volta do meio-dia e ocorreram de forma pacífica.


Manifestantes ocupam Esplanada dos Ministérios em marcha contra Bolsonaro

Manifestantes ocupam, na manhã deste domingo (7), parte da Esplanada dos Ministérios, em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro e a favor da democracia. Um outro grupo menor de manifestantes também marca presença em um dos lados da via central de Brasília.


A Polícia Militar fez um cordão de isolamento para impedir que os manifestantes avancem até a Praça dos Três Poderes, onde fica o Palácio da Alvorada.


A exemplo das manifestações ocorridas em 2016, durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os dois grupos de dividiram entre os dois lados da Esplanada. Do lado esquerdo da via, em sentido ao Congresso, estão os manifestantes que pedem a defesa da democracia e que pedem a saída de Bolsonaro. Do lado direito, poucos manifestantes se aglomeram em ato pró-Bolsonaro.


Os policiais isolaram o canteiro central da Esplanada, como forma de evitar o contato entre os dois grupos. Diferentemente do que se viu três anos atrás, o governo do Distrito Federal não ergueu um muro de lata no canteiro central da Esplanada para separar os manifestantes.


Um contingente de 300 policiais da Força Nacional de Segurança Pública está de prontidão na Esplanada, caso tenham de entrar em ação.


Durante a semana, Bolsonaro chegou a pedir, em sua "live", que manifestantes pró-governo evitassem ir às ruas. Esse pedido, no entanto, não foi atendido por algumas pessoas que apoiam o governo e que marcam no ato.


Logo A Tribuna
Newsletter