Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

Sindicatos que representam a categoria optaram pela paralisação, após assembleias realizadas pelo país, a partir das 22 horas desta terça-feira

Por: De A Tribuna On-line  -  11/09/19  -  11:39
Acordo coletivo chegou a ser prorrogado até 31 de agosto, mas sem acordo
Acordo coletivo chegou a ser prorrogado até 31 de agosto, mas sem acordo   Foto: Divulgação

Os funcionários dos Correios estão em greve por tempo indeterminado. Sindicatos que representam a categoria optaram pela paralisação, após assembleias realizadas pelo país, a partir das 22 horas desta terça-feira (10).


Segundo divulgado revista Veja, o movimento será por tempo indeterminado e todos os serviços serão afetados. Em São Paulo, cerca de 5.000 trabalhadores compareceram e aprovaram a decisão. Os trabalhadoresprotestam contra a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa, de 0,8% – menor que os 3,1% da inflação acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC).


Entre pontos questionados pela categoria estão a exclusão do vale cultura, a redução do adicional de férias de 70% para 33% e o aumento da mensalidade do convênio médico e da co-participação em tratamentos de saúde. A exclusão dos pais de planos de saúde também é um ponto debatido na negociação.


“Cerca de 80% das agências vão aderir à greve. Foram 36 sindicatos que em conjunto e com decisão unânime decidiram pela paralisação”, afirmou Douglas Cristóvão de Melo, diretor de comunicação do Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect) e da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect). 


De acordo com a publicação, os trabalhadores e a estatal negociam, desde julho, um novo acordo coletivo para a categoria. As tratativas foram feitas com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Entretanto, a empresa não aceitou os termos indicados.


O acordo coletivo, que deveria ser vigente até o início de agosto, chegou a ser prorrogado até o dia 31 daquele mês, com o comprometimento da categoria em não deflagrar a greve. No entanto, não houve uma solução. Os Correios não quiseram prolongar por mais um mês o acordo, como propôs a Justiça do Trabalho, e, com isso, os trabalhadores voltaram a se organizar para uma paralisação.


Os Correios já informaram que, desde julho, a companhia participa da mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores. “Durante as reuniões, a empresa apresentou sua real situação econômica e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa”, informou, em nota.


*com informações da Revista Veja


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