Flávio Bolsonaro vai depor sobre acusação de vazamento nesta segunda-feira

O filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, vai depor na condição de testemunha sobre supostos vazamentos da Polícia Federal na Operação Furna da Onça

Por: Do Estadão Conteúdo  -  19/07/20  -  23:57
Atualizado em 19/07/20 - 23:59
Ex-aliado do governo, Paulo Marinho disse que Flavio foi previamente avisado sobre a operação
Ex-aliado do governo, Paulo Marinho disse que Flavio foi previamente avisado sobre a operação   Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) vai depor na segunda-feira (20), ao Ministério Público Federal (MPF) na investigação que apura supostos vazamentos da Polícia Federal na Operação Furna da Onça. O filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, vai depor na condição de testemunha a um procurador da República que vai ao seu encontro em Brasília.


Em nota divulgada no sábado (18), a assessoria do parlamentar informou que o senador marcou a data do depoimento "para que a verdade seja restaurada o mais rápido possível".


Ele foi intimado em 19 de junho e tinha trinta dias para marcar a data do depoimento.


A investigação do MPF faz parte do procedimento aberto para apurar declarações feitas pelo ex-aliado do governo, o empresário e pré-candidato à prefeitura do Rio, Paulo Marinho (PSDB), de que o filho mais velho do presidente foi previamente avisado sobre a operação que trouxe à tona as movimentações atípicas nas contas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.


O ex-funcionário de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio foi citado em um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), o que arrastou o então deputado estadual para o centro de uma investigação criminal sobre suposto esquema de desvio de salários em seu gabinete, a chamada "rachadinha".


Marinho afirma que, segundo relato do próprio Flávio, um delegado da Polícia Federal avisou das investigações pouco após o primeiro turno das eleições daquele ano e informou que membros da Superintendência da PF no Rio adiariam a operação para não prejudicar a disputa de Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.


Na ocasião, Flávio disse que a acusação era uma "invenção" e que o empresário teria interesse de prejudicá-lo, uma vez que é seu suplente no Senado Federal.


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