Estamos investigando risco de infecção por Covid-19 pelo ar, diz coordenadora da OMS

Ainda não há evidências sólidas para garantir que ocorra a transmissão pelo ar

Por: Do Estadão Conteúdo  -  08/07/20  -  00:15
Exame feito em Santos será idêntico ao do Instituto Adolfo Lutz, mas resultado sairá mais rápido
Exame feito em Santos será idêntico ao do Instituto Adolfo Lutz, mas resultado sairá mais rápido   Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Saúde

O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi questionado nesta terça-feira (7) sobre o fato de que alguns cientistas têm pressionado a entidade a mudar suas diretrizes para enfatizar que existe o risco de transmissão por gotículas no ar da Covid-19. Coordenadora da unidade global de prevenção de infecções da OMS, Benedetta Allegranzi afirmou que a questão é alvo de investigações em andamento, mas lembrou que a entidade já sugere cautela em vários de seus documentos com os riscos de transmissão em locais fechados.


Allegranzi disse que a OMS tem insistido na importância de medidas como o distanciamento físico e que se evitem aglomerações, especialmente em locais fechados, que devem ser sempre que possível ventilados. Além disso, ela afirmou que existe um debate sobre a transmissão pelo ar, mas ainda não com evidências sólidas para garantir que isso aconteça.


Também presente na coletiva, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, lembrou sobre as etapas do trabalho científico, com produção de estudos, depois revisados pelos pares e publicados ou não. Como exemplo, ela lembrou que houve inicialmente uma publicação que relatava sucesso no tratamento com a hidroxicloroquina contra a Covid-19, mas ela depois foi retirada, diante de inconsistências no estudo. Houve outras pesquisas depois disso sobre o medicamento, lembrou. "Há evidência suficiente para mostrar que ela não tem impacto na mortalidade em pacientes hospitalizados", afirmou Swaminathan sobre a hidroxicloroquina.


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