Especialistas dão dicas de como planejar uma festa

Boas lembranças de uma festa dependem muito de tudo correr conforme o planejado. Afinal, investir num evento, ter problemas e ser surpreendido com gastos no final deixa dor de cabeça no lugar de sonhos. Por isso, especialistas dão dicas de como não se dar mal ao contratar um bufê.

A primeira orientação, de Simone Carvalho, da Infinit Assessoria, é quanto à reputação e ao histórico das empresas contratadas.

“Com as mídias sociais, ficou mais fácil acompanhar o trabalho dos prestadores de serviço. Entrar no (site) Reclame Aqui, conversar com quem já contratou e degustar os salgados do bufê são tarefas fundamentais. Do contrário, não adianta reclamar de que não gostou da coxinha”, diz.

O coordenador do Procon Santos e mestre em Direito do Consumidor, Rafael Quaresma, lembra que outra fonte a ser consultada é o Procon. Entre as queixas ali registradas, estão contratos – quem não os lê atentamente ou deixa de fora os detalhes pode se frustrar. Assessores de festas, porém, salientam que é impossível lembrarem detalhes discutidos há meses.

“Mesmo em um contrato padrão não há engessamento. Então, alterações podem ser manuscritas. Basta que as partes rubriquem ou façam adendo ao contrato, que já tem valor”, diz.

Adicionais

Veridiana Bitencourt Assessora da VMB Eventos, lembra outro ponto importante: o tempo de festa.

Em casamentos, onde uma noiva pode atrasar a outra, a festa corre riscos. Quando é preciso passar do horário, muitas vezes se cobra hora adicional para custear a atuação de todos os funcionários – algo que deve estar descrito no contrato.

Outras taxas que também devem estar documentadas são a taxa de rolha – usada quando o anfitrião vai servir bebidas destiladas – e a taxa de quebra.

Quem quer economizar pode deixar tudo numa mesa para que os convidados se sirvam ou negociar que as bebidas fiquem com o bartender, sabendo que ele poderá não ter copos específicos.

“A taxa de quebra é outro detalhe que precisa estar no contrato: quando acaba a festa, o bufê cobra por louças quebradas, e os donos da festa têm de pagar. Esses valores precisam ser conhecidos antes.”

Estrutura para saber se é possível preparar de tudo na cozinha do salão, biombo para criar espaços de trabalho, conferência de consumo e leiaute de salão para que cada prestador saiba onde montar seu espaço de trabalho são mais itens a considerar. “Por isso, é importante ter assessor. A frustração do dia não se corrige mais”, diz Veridiana.

Orientações

Aniversário infantil

Cuidado para não se frustrar com a decoração. Muitas vezes, os pais escolhem decorações por foto, sem atentar que lembranças, doces e até partes do mobiliário não estão incluídos. Bichos de pelúcia na mesa costumam ser cobrados à parte. Idade dos convidados conta: a maioria dos bufês infantis cobram 50% para crianças de 4 a 11 anos. É preciso fazer a lista sabendo a idade dos convidados. Horário da festa: o aniversariante está ativo naquele horário para aproveitar, fotografar e ter boas recordações futuras?

Festa de debutantes ou adultos

Cuidado com o excesso de serviços em salões pequenos. Geralmente, os salões informam a capacidade de convidados sem contar o espaço usado para bartender, pista de dança, mesa do bolo, tapete vermelho, cabine fotográfica e circulação entre os ambientes. Taxa de rolha - quanto será cobrado a mais para servir bebidas alcoólicas? Foi descrito em contrato? Qual a reputação dos contratados?

Casamento

O salão da noiva terá funcionários suficientes para atender madrinhas e familiares no horário previsto? Fotos podem ser anexadas aos contratos para mostrar modelos desejados de vestido, buquê e detalhes da decoração? Horário da festa: se o casamento atrasar, quanto tempo de festa é previsto?