Entregadores se mobilizam para criar cooperativa com seu próprio app de entrega
Trabalhadores fizeram a segunda paralisação nacional do 'Breque dos Apps' no último sábado
Entregadores se mobilizam para tentar fundar uma cooperativa com seu próprio aplicativo de entrega e, assim, poderem trabalhar "sem patrão" e concorrer com as grandes empresas, como iFood, Rappi, Uber Eats e outros.
"A luta não é só por melhoria dentro do aplicativo. Até porque muito foi refletido internamente que lutar por melhoria dentro do aplicativo não resolve nossos problemas, né? Os donos de aplicativos querem encher o bolso de dinheiro, não querem de fato melhoria do trabalho do entregador", comenta a entregadora Eduarda Alberto, que trabalha no Rio de Janeiro e levou a ideia da cooperativa para dentro do movimento Entregadores Antifascistas.
No último sábado (25), os trabalhadores de entrega fizeram a segunda paralisação nacional, o 'Breque dos Apps' em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Vitória, Porto Alegre e Rio Branco. Eles pedem melhores condições de trabalho por parte das empresas de entrega, principalmente nesta época de pandemia.
"Eles (as grandes empresas) podem até fazer alguma coisa (atender alguma reivindicações) para calar nossa boca, mas a única possibilidade de melhora mesmo é com autogestão", pontua Eduarda, que é também estudante de Arquitetura e Urbanismo na UFRJ.
Criar uma cooperativa, porém, não é nada fácil e barato. O custo do projeto inicial de um aplicativo gira em torno dos R$ 500 mil, de acordo com fontes consultadas pela BBC News Brasil.
*Com informações da Época
