Entregador de aplicativo de comida tem AVC durante entrega e morre após aguardar 2 horas por socorro

Motoboy do Rappi fazia entrega em São Paulo e passou mal na porta de cliente; Samu chegou duas horas após ser acionado

Por: De A Tribuna On-line  -  12/07/19  -  23:57
Entregador de aplicativo de comida tem AVC durante entrega e morre após aguardar 2 horas por socorro
Entregador de aplicativo de comida tem AVC durante entrega e morre após aguardar 2 horas por socorro   Foto: Reprodução/ Facebook

Um entregador de um aplicativo de comidas morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) durante uma entrega em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo. Thiago de Jesus Dias, de 33 anos, foi socorrido pela cliente que aguardava a entrega, mas morreu no hospital dois dias depois. O irmão da vítima relatou que o motoboy chegava a trabalhar mais de 12 horas por dia. Ele deixou mulher e uma filha de 6 anos.


De acordo com a cliente que socorreu o motoboy, a entrega aconteceu na noite do último sábado (6). Thiago chegou ao local da entrega com fortes dores de cabeça, náuseas e pressão baixa, chegando a vomitar algumas vezes.  Ela entrou em contato com a empresa pelo celular do entregador e relatou o ocorrido, mas o atendimento pediu para que ela apenas desse baixa no pedido, para que os próximos clientes soubessem que as entregas não seriam feitas no horário previsto.


Já o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Prefeitura de São Paulo foi procurado pelo menos duas vezes, mas a ambulância só chegou ao local duas horas após ser acionada. A cliente também chamou um motorista de aplicativo ao local, mas o condutor se recusou a levar o entregador, porque estaria sujo e molhado após urinar em si mesmo enquanto passava mal.


Devido à demora, amigos chegaram ao local e levaram Thiago ao Hospital das Clínicas. Ele teve morte encefálica e morreu no mesmo hospital na segunda-feira (8).


Em nota, o Rappi afirma que está desenvolvendo um “botão de emergência, que estará disponível dentro do aplicativo dos entregadores, por meio do qual os mesmos poderão optar por acionar diretamente o suporte telefônico da Rappi - que contará com equipe especializada - ou as autoridades competentes [caso se deparem com situações relacionadas à saúde ou segurança]".


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