Em meio aos debates no Congresso Federal para adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirma que a pasta abrirá consulta aos estudantes sobre o tema. O titular da pasta pretende saber dos inscritos se a data da prova deve ser mantida ou adiada por 30 a 60 dias.
"O MEC fará uma consulta, na última semana de junho, a todos os inscritos, através da "Página do Participante", do @inep_oficial Vamos manter a data? Adiar por 30 dias? Suspender até o fim da pandemia? O Gov @jairbolsonaro quer saber a opinião dos brasileiros! Democracia é isso!", escreveu o ministro, em suas redes sociais.
O site oficial do Enem ainda não foi atualizado com essas informações. Weintraub não deu mais detalhes sobre a medida, apenas reforçou que as inscrições para o exame deste ano terminam na sexta-feira (22).
"Neste momento, 4.000.000 de brasileiros já se inscreveram no #ENEM2020. As inscrições vão até sexta-feira. Há um debate sobre seu adiamento. Nosso posicionamento é saber a opinião dos principais interessados, perguntando diretamente aos estudantes inscritos".
Congresso Federal
A postagem aconteceu horas depois de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmar que não irá esperar o governo tomar uma decisão sobre o adiamento do Enem e que deverá pautar o tema na Casa, logo na sequência, do projeto ser votado hoje pelo Senado.
Para Maia, essa é uma demanda que vem de todo o Brasil. "Se o Senado votar, eu vou votar. Se o governo não decidir na tramitação do projeto entre o Senado e a Câmara, eu vou votar. Vou pensar os projetos dos deputados e votar tudo junto e vamos promulgar a decisão do Congresso Nacional, espero que o governo possa decidir antes", afirmou o presidente da Câmara.
Na noite de terça-feira (19), o Senado deu início à sessão para votar projetos relacionados à pandemia do novo coronavírus e também sobre o adiamento do Enem. De acordo com a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), autora do PL, o texto teve apoio da maioria dos líderes partidários.
Se Câmara e Senado aprovarem um projeto de decreto legislativo (PDL) não há necessidade de a proposta ir à sanção presidencial e pode ser promulgada pela Congresso Nacional. Na Câmara, um grupo de parlamentares criou um PDL para adiar a data da prova assinado pelos deputados Professor Israel Batista (PV-DF), Tabata Amaral (PDT-SP), Eduardo Bismarck (PDT-CE), Célio Studart (PV-CE), Danilo Cabral (PSB-PE), Raul Henry (MDB-PE) e Tereza Nelma (PSDB-AL).
* Com informações do Estadão Conteúdo