Empresas vão fazer centro de tratamento contra coronavírus em São Paulo

Prefeitura de São Paulo, a Ambev, a Gerdau e o Hospital Israelita Albert Einstein uniram esforços para construir unidade de tratamento para a doença na capital paulista

Por: Do Estadão Conteúdo  -  25/03/20  -  11:23
Atualizado em 25/03/20 - 11:30
Ao menos 12 hospitais municipais de São Paulo precisam de obras urgentes
Ao menos 12 hospitais municipais de São Paulo precisam de obras urgentes   Foto: Divulgação/CEJAM

Em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus pelo País, a Prefeitura de São Paulo, a Ambev, a Gerdau e o Hospital Israelita Albert Einstein anunciaram nesta terça-feira (24) que uniram esforços para construir um novo centro de tratamento para a doença na capital paulista. O hospital terá cem leitos comuns que atenderão o público exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Ele será construído de forma anexa ao Hospital Municipal M'Boi Mirim - Dr. Moysés Deutsch, na zona sul de São Paulo. O Einstein já é responsável pela gestão dessa unidade. As obras começaram ontem e a nova área terá os primeiros 40 leitos entregues em 20 dias, de acordo com um comunicado enviado em primeira mão ao Estadão/Broadcast. O total de cem leitos deve ser finalizado até o dia 30 de abril.


A nova unidade de saúde não se trata de um hospital de campanha, como o que será construído no Estádio do Pacaembu, para atender pacientes de baixa e média complexidade. Dessa forma, após o combate à pandemia, o centro de tratamento será entregue à Prefeitura de São Paulo e passará a integrar a rede pública de saúde do Município.


O custo do empreendimento está estimado em R$ 10 milhões e os organizadores buscam mobilização de empresas para transformar os leitos comuns em estruturas de UTI.


"Esse momento pede colaboração e união de esforços. Cada um deve fazer o que está ao seu alcance para, juntos, superarmos essa situação o quanto antes", diz Jean Jereissati, CEO da Ambev. A fabricante de bebidas, que fará a gestão do projeto e arcará com os custos de construção, informa que os leitos serão estruturados com a técnica de construção modular, criada pela Brasil ao Cubo, uma construtech brasileira.


Essa técnica permite entregar obras em caráter definitivo e com velocidade que já que é quatro vezes mais rápida do que uma construção comum. O Hospital Israelita Albert Einstein ficará com a gestão do atendimento. Aproximadamente 200 profissionais entre médicos e equipe multidisciplinar, que integram a equipe do Einstein, serão deslocados para a nova unidade, que contará com atendimento 24 horas.


Matéria-prima


A Gerdau, que providenciará a estrutura metálica da construção, reforça que "o momento pede colaboração". O aço fornecido pela empresa é a principal matéria-prima para o método construtivo escolhido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


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