Empresas aéreas miram bagagens de mão

Padronização está em fase de implantação

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  12/04/19  -  01:28
Companhias ainda enfrentam problemas para regularizar os voos depois das chuvas de quinta-feira
Companhias ainda enfrentam problemas para regularizar os voos depois das chuvas de quinta-feira   Foto: Imagem de Arquivo/Agência Brasil

Já está em curso uma fiscalização nos aeroportos que, em duas semanas, pode mexer no bolso de quem desrespeitar as medidas máximas de bagagens de mão. Serão 15 aeroportos participantes, com diferentes datas de orientação e triagem passível de cobrança pelo despacho das malas.


A ação é da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que quer agilizar o fluxo dos clientes nas áreas de embarque, evitando atrasos aos passageiros.


Tudo porque, desde 2016, ano da Resolução 400/206 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), há regras e cobranças para as bagagens despachadas. Então, muitos passageiros tentam economizar levando cada vez mais bagagens de mão.


Durante o embarque, forma-se fila por falta de espaço para acomodar as malas, e quem está por último precisa despachar tudo.


A santista Juliana Vieira, de 27 anos, jornalista, viajou mês passado de São Paulo ao Rio de Janeiro e viu essa confusão tanto no voo de ida quanto no de volta.


“Na volta, antes de embarcar, na fila, pediram para fazer o despacho das malas sem custo adicional, mas eu já tinha procurado o que eu podia ou não levar e não aceitei”, conta ela.


Voo cheio


Ariadne Krehovski, de 30 anos, assessora técnica de Guarujá, voltou recentemente da Argentina e viu a equipe do aeroporto explicar a algumas pessoas que o voo estava cheio e que bagagens maiores seriam despachadas. Ela não gostou.


“As taxas aumentaram bastante e já estão cobrando pela bagagem despachada. É abusivo e falta organização. Podiam fazer isso antes para não atrasar. Ou ajudar a organizar tudo no avião, porque há, também, falta de bom senso de alguns passageiros”, diz.


Segundo a Abear, para reduzir esse transtorno, a fiscalização será feita antes da área de raios-X para o embarque. Será usada uma caixa que servirá como gabarito de medidas, identificando se as malas estão dentro dos padrões. Algumas companhias já fazem isso.


Um item pessoal


Além dessa mala de mão, cada cliente será orientado sobre a permissão de levar apenas mais um item pessoal – que pode ser uma mochila, bolsa ou sacola de compras, de tamanho até 45 centímetros de largura, por 20 centímetros de profundidade e 35 de altura.


É importante lembrar que quem contrata antecipadamente a mala despachada tem desconto de 50% na maior parte das companhias aéreas. Então, o despacho forçado no aeroporto terá o valor total cobrado. Em voos nacionais, o preço médio é de R$ 120 na primeira mala.


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