Em período de home office, trabalhe com segurança

Proteção dos dados nas redes virtuais é algo necessário para evitar a invasão de sistemas

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  05/04/20  -  23:51
Pandemia do coronavírus fez com que empresas adotassem o sistema de home office
Pandemia do coronavírus fez com que empresas adotassem o sistema de home office   Foto: AdobeStock

Com os protocolos de isolamento social para evitar o avanço do novo coronavírus, instituições e empresas têm adotado em peso o sistema de teletrabalho (home office). A medida de proteção à saúde coletiva e dos colaboradores pode gerar outros problemas institucionais: deixar dados corporativos desprotegidos e ampliar o risco de invasões de sistemas. 


A vulnerabilidade se deve ao fato de os trabalhadores acessarem de forma remota (de casa) os sistemas das empresas. Informações sigilosas e estratégicas ficam sem a proteção de uma rede específica contra ataques digitais, pois são usados equipamentos dos colaboradores.


O coordenador de customer experience (experiência do usuário) da empresa Magna Sistemas, Davi Silvestre Moreira dos Reis, diz que a primeira preocupação é manter as atualizações do sistema operacional em dia. Isso porque essas correções reduzem a vulnerabilidade dos programas. 


“São basicamente dois tipos de cuidados: nas redes e nos computadores. Senhas, como as do wi-fi e do terminal, devem ser trocadas. É recomendado o uso de caracteres especiais, que dificultam a tarefa do invasor em uma tentativa desse tipo”, resume a engenheira da computação e professora da disciplina Gestão e Governança de Tecnologia da Informação da Faculdade de Tecnologia (Fatec), Rosemeire Cardozo Vidal.


Sem uma rede profissional protegida de ataques digitais, os especialistas alertam para a preocupação com a segurança dos dispositivos. Os golpistas se aproveitam desse momento para invadir sistemas. 


Independentemente do tamanho da empresa, Rosemeire orienta adotar uma estratégia de segurança de criptografia (codificação da informação) de dados, além de ampliar ações de segurança nos equipamentos, como antivírus e firewall (barreira contra ameaças).


Reis conta que uma maneira mais ágil de ampliar a segurança é o uso de ferramentas em nuvem. Ele explica que o armazenamento em servidores remotos já conta com serviço de criptografia dos dados, ampliando a proteção.


O diretor de Tecnologia Meta Sistemas e professor da Fatec, Cláudio Nunes, orienta redobrar o cuidado ao abrir e-mails e links enviados por estranhos. “O usuário deve observar os links que recebe por e-mail, por exemplo. Alguns são falsos para capturar dados das pessoas”. A dica é observar se o endereço indicado é realmente da instituição que diz ser. Na dúvida, não clique.


A técnica é a mais utilizada por hackers para roubar informações. Ao menos nove em cada dez violações de segurança poderiam ser evitadas com esse procedimento, alerta o OTA, a comunidade de proteção virtual de dados.


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