Doria autoriza capital a reabrir bares e salões de beleza; mudança vale no dia 6

A liberação também vale para a região do ABC e o sudoeste da Grande São Paulo

Por: Do Estadão Conteúdo  -  27/06/20  -  13:33
Justiça nega liminar para barrar flexibilização da quarentena em São Paulo
Justiça nega liminar para barrar flexibilização da quarentena em São Paulo   Foto: Estadão Conteúdo

O governo do Estado de São Paulo autorizou a capital paulista a liberar o funcionamento de bares, restaurantes, barbearias e salões de beleza, ainda com restrições, além de ampliar o horário de funcionamento do comércio de rua, de shoppings e de escritórios. A liberação também vale para a região do ABC e o sudoeste da Grande São Paulo, que inclui cidades como Itapecerica da Serra e Embu das Artes.

Entretanto, essa liberação só ocorrerá a partir do dia 6, adiando a data de reabertura esperada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). Na quarta, Covas havia afirmado que esperava pela reabertura dos novos setores a partir da segunda-feira, dia 29, condicionando o processo à assinatura de protocolos entre as entidades que representam essas atividades e a Prefeitura.

"A recomendação é que, apesar de o Município estar agora na fase amarela, a gente vai esperar uma semana. Portanto, será a classificação que teremos na sexta-feira que vem para que o Município possa abrir aquilo que a fase amarela permite. O Centro de Contingência pediu que a Prefeitura aguarde mais uma semana para confirmar os números. O município vai acatar essa solicitação do Centro de Contingência", declarou o prefeito ontem.

Por outro lado, a gestão João Doria (PSDB) ampliou em mais cinco o número de regiões do interior do Estado com restrições mais severas ao funcionamento do comércio, totalizando nove áreas onde apenas serviços essenciais estão autorizados: Araraquara, Franca, Araçatuba, Presidente Prudente, Marília, Bauru, Sorocaba, Registro e Piracicaba. A região de Barretos, que estava com restrições máximas, foi autorizada a liberar comércio de rua, shoppings e escritórios, mas ainda não restaurantes ou salões de beleza.

Na prática, na semana que vem, apenas Barretos poderá relaxar as regras da quarentena, segundo a reavaliação do Plano São Paulo divulgada nesta sexta. Parte do Estado terá de ampliar as restrições enquanto capital e as duas áreas da região metropolitana que migraram para a fase amarela terão de aguardar mais uma semana para que suas atividades tenham menos restrições

Nesta sexta-feira, o Estado chegou a um total de 258.508 novos casos confirmados de covid-19. Foram mais 9.921 em 24 horas, segundo o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann. O total de mortes passou de 13.759 para 13.966.

O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que "nenhuma região regrediu por capacidade hospitalar". "O que afetou o interior, vindo para a fase vermelha, foi a evolução de casos. Com essa atualização, 64,18% do Estado, quase 30 milhões, ficam na fase 2 e na fase 3."

Com a mudança de classificação da capital dentro do Plano São Paulo, lojas de rua e de shoppings poderão funcionar seis horas por dia (até aqui, eram quatro horas) e receber até 40% dos clientes, ante os atuais 20%. No caso dos bares e restaurantes, eles terão autorização para receber público durante seis horas/dia. As entidades do setor negociam para que o horário seja fracionado, com três horas no almoço e três horas no jantar

Barbearias, manicures e salões de beleza também poderão funcionar por um período de seis horas, e terão de usar apenas 40% da capacidade. Os detalhes de como isso será feito na prática não foram divulgados.

Repercussão

A Associação Brasileira de Bares e Restaurante já havia enviado uma sugestão de protocolo sanitário à Prefeitura nesta semana. Já a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP) diz que o efeito ainda precisará ser analisados. "Muitos pensam em não reabrir porque sabem que vai sair caro", disse o presidente, Percival Maricato, à Veja.

Embora o setor de bares e restaurantes venha tentando negociar a liberação das calçadas, o entendimento da gestão Bruno Covas (PSDB) é que essa medida seria de difícil fiscalização e poderia estimular aglomerações do lado de fora desses locais. Por isso, o apelo não deve se acatado.


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