Coronavírus impacta no mercado do sexo e mais de 3 mil prostitutas estão sem trabalho

Conhecida como 'zona boêmia', a Rua Guaicurus, no centro de Belo Horizonte, em Minas Gerais, está deserta desde o decreto publicado na semana passada que proíbe o funcionamento do comércio local. 

A região conta com dezenas de pequenos hotéis que funcionam como pontos de prostituição. A pandemia também afastou clientes, fazendo com que os locais encerrassem as atividades. 

"Muitas prostitutas vivem nestes hotéis. E tentam se manter como podem. Tem gente que não têm nem dinheiro para comer mais", afirmou Cida Vieira, presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig). 

Segundo dados da entidade, cerca de três mil mulheres foram afetadas pela crise causada pelo novo coronavírus. Além das profissionais que moram nos hotéis, muitas sobrevivem nas ruas da cidade. 

A Aprosmig tem feito campanhas para arrecadar cestas básicas e produtos de higiene para as mulheres. "A gente fala para elas ficarem em casa. Para se protegerem. É um período difícil. Eu diria até caótico". 

*com informações do G1