Contaminação pelo novo coronavírus não é acidente de trabalho, afirma Petrobras

Entidades sindicais e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) haviam protestado conta a politica de segurança da empresa

Por: Do Estadão Conteúdo  -  21/10/20  -  12:51
Atualizado em 21/10/20 - 13:23
A nota foi divulgada neste sábado, após uma decisão do TST de acatar liminar da Petrobras
A nota foi divulgada neste sábado, após uma decisão do TST de acatar liminar da Petrobras   Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Petrobras contesta afirmação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destacada por entidades sindicais para protestar contra a política de segurança da empresa, de que a ampla disseminação do novo coronavírus entre empregados deve ser contabilizada como acidente de trabalho. Em relatório divulgado na semana passada, a fundação afirmou que a resistência da empresa em emitir Comunicações de Acidente de Trabalho (CATs) para trabalhadores contaminados por covid-19 pode ser considerada uma estratégia de manipulação da Taxa de Acidentes Registráveis (TAR).


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A empresa, no entanto, considera indevida a emissão de CAT em qualquer situação de contaminação de empregados pela doença. "A covid-19, como se sabe, não é uma doença produzida ou desencadeada pelo exercício de atividades laborais no setor de óleo e gás, mas, uma doença pandêmica que afeta pessoas em todos os recantos do planeta", afirmou a estatal ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, por meio de sua assessoria de imprensa.


A empresa disse ainda que "a presunção de que a covid-19 seja doença ocupacional para os trabalhadores da indústria de petróleo e gás não encontra amparo na legislação acidentária vigente, que não permite presunção do nexo causal em casos de doenças endêmicas".


Nesta quarta-feira, 21, membros da Federação Única dos Petroleiros (FUP), representante de empregados da companhia, vão visitar a refinaria Reduc, no município de Duque de Caxias (RJ), para avaliar as condições de trabalho durante a pandemia. A entidade sindical afirmou em comunicado à imprensa que essa será a primeira vistoria sanitária realizada em unidades operacionais desde o início da crise e que a decisão de avaliar as condições de trabalho e saúde na refinaria partiu dos sindicatos, em reuniões do grupo de Estrutura Organizacional de Resposta (EOR), formado para tratar da segurança dos empregados neste período de disseminação do coronavírus.


A Petrobras responde que "mantém diálogo constante com as entidades sindicais e a visita da FUP às instalações da Reduc é prática prevista em Acordo Coletivo de Trabalho".


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