Com UTIs lotadas, cinco capitais brasileiras vivem apagão na saúde
Cuiabá, Natal, Florianópolis, Curitiba e Belo Horizonte têm ocupação de leitos acima de 90%; falta de vaga é entrave nas ações para estabilizar número de mortes de Covid-19
Em meio à estabilização de casos de Covid-19 na Baixada Santista e região metropolitana de São Paulo, a pandemia avança em outros estados brasileiros. Pelo menos cinco capitais estão ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) acima de 90%. Em Cuiabá (MT), Natal (RN), Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG), a falta de vagas prejudica as ações de enfrentamento à pandemia.
Na região metropolitana da capital do Rio Grande do Norte, a falta de leitos é uma realidade desde o mês passado. O sistema de saúde do estado está com mais de 80% dos leitos cheios. O apagão na rede de saúde fez com que os planos de retomada das atividades estadual fosse postergado.
Os números de Cuiabá sinalizam o movimento do novo coronavírus para o Centro-Sul do país. Por lá, a situação é agravada pela falta de vagas nas cidades do entorno da capital. Isso porque faltam leitos há mais de dez dias em todo o Mato Grosso. A fila de espera por uma vaga intensiva chegava a 100 pacientes e o estado vizinho, Mato Grosso do Sul, tem prestado auxílio às vítimas.
Belo Horizonte também preocupa. Após flexibilizar o comércio, a administração da capital mineira recuou com a escalada recente de novos casos de Covid-19. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 340 dos 370 leitos de unidade de terapia intensiva para pacientes de coronovírus estavam em uso – uma ocupação de 92%.
A situação de Florianópolis também é crítica. A capital de Santa Catarina superou a marca de 97% dos leitos de UTI adultos ocupados. Apesar da abertura de novos 570 leitos, o estado tem enfrentado a escalada na demanda em meio à queda das temperaturas.
