Centrais sindicais exigem auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro

Pressão das entidades trabalhistas sobre o Congresso Nacional tenta elevar valor defendido por Bolsonaro, que bateu o martelo do abono a R$ 300

Por: Por ATribuna.com.br  -  02/09/20  -  14:22
Governo estuda estender auxílio emergencial até o fim de 2020
Governo estuda estender auxílio emergencial até o fim de 2020   Foto: André Melo Andrade/MyPhoto Press/Estadão Conteúdo

Seis centrais sindicais defenderam, nesta quarta-feira (2), que o Governo Federal prorrogue até dezembro o auxílio emergencial no valor de R$ 600. A posição das entidades da classe trabalhadora ocorre no dia seguinte ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) definir que o abono será estendido por mais quatro meses, mas com o depósito de R$ 300.


Em carta assinada pelos presidentes de centrais sindicais, os órgãos afirmam que o valor é uma ação para a proteção dos trabalhadores durante a pandemia.


“No início de março, apresentamos ao Congresso Nacional a proposta de um Abono Emergencial para proteger os trabalhadores mais vulneráveis, que trabalham por conta-própria ou como autônomos, os assalariados sem registro em carteira, trabalhadoras/es domésticas e todos que dependem dos programas de transferências de renda. Apresentamos também propostas para a proteção das empresas e dos empregos dos assalariados que sofreram os impactos do isolamento social”, cita o comunicado.


Ainda conforme as entidades, o auxílio emergencial de R$ 600,00 beneficiou mais de 65 milhões de pessoas, “impedindo que caíssem na pobreza, criando uma proteção econômica efetiva para as famílias mais vulneráveis, bem como ajudou a sustentar o consumo de bens e serviços essenciais, em especial nas regiões mais pobres do país”.


Os presidentes das centrais sindicais afirmam que os impactos sociais e econômicos da crise sanitária “já se se provam muito mais longos do que os inicialmente prospectados, com efeitos dramáticos sobre os empregos e as ocupações, bem como sobre as empresas e a dinâmica econômica”. Por essa razão, eles consideram “essencial que as inciativas continuem no sentido de sustentar a renda das pessoas e famílias, estendendo os efeitos positivos de proteção social e de manutenção da demanda das famílias”.


Por essas razões, as Centrais Sindicais rejeitam a medida anunciada nesta terça-feira (1º) pelo Governo Federal que reduz à metade o valor do auxílio emergencial. Ele propõem e defendem que o Congresso Nacional prorrogue até dezembro o benefício do Auxílio Emergencial de R$ 600,00, com os mesmos critérios de acesso e para o mesmo universo de pessoas credenciadas que ainda necessitam do benefício.


A carta é assinada por Sérgio Nobre (Central Única dos Trabalhadores, CUT), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (União Geral dos Trabalhadores, UGT), Adilson Araújo (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil,. CTB), José Calixto Ramos (Nova Central Sindical de Trabalhadores,NCST) e Álvaro Egea (Central dos Sindicatos Brasileiros, CSB).


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