Bombril é acusada de racismo ao relançar esponja inox 'Krespinha'

O nome usado para batizar o relançamento de uma esponja inox colocou a marca brasileira Bombril no epicentro de acusações racistas. A líder no segmento de  produtos de limpeza é alvo de campanha de boicote nas redes sociais por associar o cabelo crespo a um item de sua linha de produtos. A hashtag #Bombrilracista ficou, na manhã desta quarta-feira (17), entre os assuntos mais comentados no Twitter. 

O motivo foi o relançamento de uma esponja inox, que foi batizada de krespinha. “A Esponja Inox Krespinha é perfeita para a limpeza pesada. Remove sujeiras e gorduras de um jeito rápido e eficaz, sem esforço. Resistente e não enferruja”, diz a descrição da esponja no portal da Bombril.

O nome usado no produto provocou revolta nas redes sociais, em especial pela escalada de atos antirracistas que estão eclodindo no Brasil, Estados Unidos e restante do mundo. Por essa razão, internautas pedem o "cancelamento" da marca. Esse tipo de postura é adota quando elementos da cultura pop utizam-se de atos racistas ou de xenofobia.

Peças publicitários do produto, datadas da década de 1950, passaram a ser compartilhadas pelas redes sociais. Na primeira versão do “krespinha”, uma criança com cabelos crespos estampava o rótulo da marca, o que reforça o estereótipo associado a esse tipo de esponja inox. 

Os internautas relacionaram, também, o fato de que o cabelo crespo ser associado aos produtos da marca, mas de forma racista e ofensiva. Para os usuários da rede social, o nome do novo produto deve aumentar ainda mais as comparações.