Bolsonaro volta a defender o voto impresso

Presidente alega que "no tempo do voto em papel era possível a recontagem"

Por: Por ATribuna.com.br, com informações do Estadão Conteúdo  -  17/11/20  -  03:00
Atualizado em 17/11/20 - 03:08
Bolsonaro também informou que pretende valorizar o trabalho na área de inteligência
Bolsonaro também informou que pretende valorizar o trabalho na área de inteligência   Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro novamente lançou dúvidas sobre a regularidade das eleições feitas com urnas eletrônicas. "Você fica na dúvida. Não pode ter dúvida", disse Bolsonaro a apoiadores, ao defender o voto impresso, nesta segunda-feira (16).


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Bolsonaro afirmou que "falta no Brasil" uma forma de auditar os votos. O Comprova, no entanto, mostrou que ataques de hackers ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não violam a segurança das eleições, e que o sistema de voto eletrônico brasileiro pode ser auditado.


"No meu tempo tinha o papel. Podia fraudar na contagem do papel, mas se pedia recontagem... agora, não. Acabou, acabou. Alguns falam: por que está reclamando, se foi eleito pela urna eletrônica? Eu entendo que só fui eleito pela urna eletrônica porque tive muito voto, senão não teria chegado", disse Bolsonaro, conforme imagens divulgadas pelo canal Foco do Brasil no YouTube.


As insinuações ocorrem no dia seguinte à derrota de candidatos que receberam apoio do presidente nas eleições municipais. Dos 45 candidatos a vereador que apareceram no 'horário eleitoral gratuito' do presidente, pelas redes sociais, apenas dez conquistaram uma vaga no Legislativo de suas cidades


Bolsonaro negou que a derrota de aliados possa fragilizar a sua candidatura para reeleição em 2022. "A eleição municipal é dissociada das majoritárias. Não estou preocupado com 2022", disse.


Questionado por apoiadores se será candidato na próxima eleição presidencial, Bolsonaro sinalizou que sim e disse que está sendo "bem tratado" em viagens pelo Brasil. "Se esse tratamento deixar de existir, eu estou fora. Se continuar, vou pensar o que fazer "


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