Bolsonaro é monitorado após secretário de Comunicação testar positivo para coronavírus

Integrantes da comitiva que acompanhou o presidente em Miami, nos Estados Unidos, são monitorados após confirmação de caso com Fábio Wajngarten

Por: Do Estadão Conteúdo  -  12/03/20  -  16:09
Atualizado em 12/03/20 - 16:17
Fábio Wajngarten apresentou sintomas de gripe e foi submetido a um teste para o Covid-19
Fábio Wajngarten apresentou sintomas de gripe e foi submetido a um teste para o Covid-19   Foto: Reprodução

O secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, testou positivo para coronavírus e agora aguarda o resultado da contraprova. O exame foi realizado em São Paulo. O presidente Jair Bolsonaro e integrantes da comitiva que acompanharam o secretário em viagem a Miami, nos Estados Unidos, estão sendo monitorados desde a quarta-feira (11), após Wajngarten apresentar sintomas de gripe e ser submetido a um teste para o coronavírus.

Entre o final da tarde e o início da noite de quarta-feira, o grupo passou a receber ligações do gabinete da Presidência pedindo que diante de qualquer sintoma fizesse o comunicado imediatamente e procurasse um hospital militar em Brasília para fazer os exames, segundo integrantes da comitiva que falaram com o Estado em caráter reservado. Bolsonaro completa 65 anos no dia 21.

Nesta quinta-feira (12), o presidente cancelou viagem ao Rio Grande do Norte. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que o evento oficial foi cancelado por "razões de segurança sanitária".

"A decretação ontem da Organização Mundial da Saúde de uma pandemia mundial nos obriga a ter segurança com a saúde do presidente e as pessoas ao seu entorno", afirmou Marinho na sua conta oficial do Twitter.

O governo federal negou que o cancelamento da agenda do presidente tenha a ver diretamente com o caso do chefe da Secom, Fábio Wajgarten, estar com coronavírus

Participaram da comitiva aos Estados Unidos os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Também viajaram os senadores Nelsinho Trad (PTB-MS) e Jorginho Mello (PL-SC); os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Daniel Freitas (PSL-SC), o assessor especial Filipe Martins, o presidente da Embratur, Gilson Machado, o secretário especial de Pesca, Jorge Seif Jr, entre outros.

Durante a viagem, Wajngarten tomava café da manhã com o presidente em uma sala reservada. Nos Estados Unidos, o grupo que acompanhou Bolsonaro fazia deslocamentos em vans. Apenas o presidente seguia em carro separado.

Na quarta-feira, após o jornal Folha de S.Paulo revelar que Wanjgarten havia passado por exames no Hospital Israelita Albert Einstein, o secretário de Comunicação foi ao Twitter criticar a imprensa, mas não negou que tenha realizado os testes "Em que pese a banda podre da imprensa já ter falado absurdos sobre minha religião, família e minha imprensa, agora falam da minha saúde. Mas estou bem, não precisarei de abraços de Dráuzio Varella", escreveu, mencionando o médico que passou a ser alvo de ataques após reportagem de "Fantástico", da Rede Globo, em que abraçou uma transexual condenado pela morte e estupro de uma criança.

Questionada oficialmente, a Secom disse que o Palácio do Planalto não comentaria sobre o assunto.


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