Barroso pede que PF investigue ataque hacker ao sistema do TSE

Presidente do TSE fala sobre a demora de 3 horas na apuração de votos

Por: De Agência Brasil  -  17/11/20  -  07:30
Atualizado em 17/11/20 - 08:08
Entre desafios, ministro deve avaliar alteração de datas das eleições.
Entre desafios, ministro deve avaliar alteração de datas das eleições.   Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, pediu nesta segunda (16) que a Polícia Federal (PF) investigue os ataques cibernéticos aos sistemas da Corte ocorridos no dia anterior, quando ocorreram as eleições no país. Durante coletiva de imprensa, ele disse que há suspeitas de articulação de grupos para desacreditar o sistema de votação. 


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Durante o pleito, o sistema de informática do TSE foi alvo um ataque de múltiplos acessos. No entanto, a tentativa foi neutralizada pelo sistema de defesa, e não houve vazamento de dados, segundo o tribunal.


Os ataques foram feitos por meio de servidores localizados no Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia. Esse sistema não tem relação com a apuração dos votos, que ocorre por meio de uma rede privada, não conectada à intertnet. 


No mesmo dia, foram divulgados nas redes dados pessoais de ex-servidores e ex-ministros. Segundo o presidente, os dados são antigos e foram liberados em sites da internet para tentar desacreditar a segurança da votação. 


“Os dados vazados tinham mais de dez anos de antiguidade e a divulgação foi feita no dia das eleições para procurar causar impacto e trazer a impressão de fragilidade. Ao mesmo tempo que esses dados foram vazados, milícias digitais entraram em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeitas de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, e muitos deles são investigados pelo STF”, afirmou. 


Sobre o atraso de três horas na divulgação dos resultados, Barroso disse que a Oracle, empresa responsável pelo computador que apresentou defeito, será acionada para tentar resolver o problema para o segundo turno.  


A forma de totalização (soma dos votos) centralizada no TSE vai continuar no segundo turno. Nas eleições passadas, a totalização era feita pelo tribunais regionais eleitorais, e foi alterada por motivos de segurança e custos.


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