Austrália e Tailândia registram primeira morte por coronavírus

Ao longo do fim de semana, Armênia, Irlanda, Luxemburgo, Equador e Catar relataram suas primeiras infecções. Em todo o mundo já são mais de 2,9 mil mortos e 86 mil infectados.

Por: Do Estadão Conteúdo  -  01/03/20  -  12:50
Atualizado em 01/03/20 - 13:34
Exame feito em Santos será idêntico ao do Instituto Adolfo Lutz, mas resultado sairá mais rápido
Exame feito em Santos será idêntico ao do Instituto Adolfo Lutz, mas resultado sairá mais rápido   Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Saúde

A Austrália anunciou a primeira morte por coronavírus em seu território neste domingo, horas depois de os EUA confirmarem que uma pessoa infectada pelo vírus morreu no estado de Washington. Outro país a informar sua primeira vítima fatal por Covid-19 foi a Tailândia, mais de um mês após se tornar a primeira nação fora da China a reportar a infecção. Ao longo do fim de semana, Armênia, Irlanda, Luxemburgo, Equador e Catar relataram suas primeiras infecções.


Em todo o mundo já são mais de 2,9 mil mortos e 86 mil infectados.

A China reportou neste domingo novas 35 mortes e mais 573 casos da infecção, elevando o número de vítimas fatais a 2.870 e um total de 79.824 infectados. Entre os mortos contabilizados está um médico de Wuhan que foi infectado durante o combate ao vírus, informou o hospital local.

Outros países com acelerado crescimento no número de casos nos últimos dias também atualizaram seus números no fim de semana. Na Coreia do Sul, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças anunciaram 586 novos casos confirmados no domingo, incluindo uma morte. Com isso, o país já contabiliza 18 mortes e 3.736 casos. A Itália relatou neste sábado mais oito mortes de infectados pelo vírus, chegando a 29 vítimas fatais no país, enquanto o número total de casos no país subiu a 1128. O Irã anotou 43 mortes e 596 infectados.

"Esta será uma longa batalha", disse Ben Cowling, chefe da divisão de epidemiologia e bioestatística da Escola de Saúde Pública da Universidade de Hong Kong.

O número cada vez maior de casos em todo o mundo, com crescente contabilização de mortes por uma doença inicialmente concentrada na China provocou temores de uma pandemia global, desencadeando uma nova rodada de restrições de viagens e fazendo com que os mercados caíssem. Os EUA proibirão estrangeiros que viajaram para o Irã nos últimos 14 dias, disse ontem vice-presidente norte-americano Mike Pence. O governo também está aconselhando fortemente as pessoas a não viajarem para áreas da Itália e Coreia do Sul que possuem registros de infecção pelo vírus.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã havia aconselhado seus cidadãos a ficarem longe da Coreia do Sul, enquanto a agência de notícias estatal IRNA informou que o Azerbaijão fechou sua fronteira com o Irã por duas semanas a partir da tarde de sábado.

Pequim informou que os dois novos casos confirmados no sábado na capital chinesa eram de cidadãos chineses que retornaram do Irã. Em uma entrevista coletiva, autoridades chinesas disseram que entendem as restrições da maioria dos países às viagens de cidadãos chineses, mas viu algumas como reação exagerada. "Alguns países tomaram medidas desnecessárias", disse Cui Aimin, diretor geral do Departamento de Assuntos Consulares do Ministério das Relações Exteriores. Autoridades comentaram na ocasião que as viagens aéreas com a Coreia do Sul e o Japão foram reduzidas e serão reduzidas ainda mais na próxima semana.

Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press


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