Após imbróglio, Crivella deixa presídio e vai para prisão domiciliar

Prefeito afastado do Rio de Janeiro teve benefício após decisão do ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça

Por: Do Estadão Conteúdo  -  24/12/20  -  00:43
Atualizado em 24/12/20 - 00:46
Marcelo Crivella foi preso na manhã desta terça-feira (22)
Marcelo Crivella foi preso na manhã desta terça-feira (22)   Foto: Estadão Conteúdo

O prefeito afastado do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), deixou o presídio de Benfica, na zona norte da cidade, por volta das 19h20 desta quarta-feira (23). Ele vai para prisão domiciliar após decisão do ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na saída, não falou com a imprensa.


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Foi Martins, inclusive, quem determinou no início desta noite que a saída do prefeito fosse cumprida imediatamente - o habeas corpus foi concedido na noite de ontem. Durante o dia, um imbróglio no Tribunal de Justiça do Rio fez com que o alvará de transferência demorasse a ser expedido. Ao receber o comunicado sobre a decisão de ontem de Martins, o desembargador plantonista Joaquim Domingos de Almeida Neto entendeu que caberia à relatora do caso expedir o alvará.


Às 16h08, Rosa Helena Guita afirmou que, antes de liberar Crivella, deveria ser cumprido um mandado de busca e apreensão na casa dele para que fossem retirados "os terminais de telefônicos fixos, computadores, tablets, laptops, aparelhos de telefone celular e smart TVs, de forma a dar fiel cumprimento à medida." Também ordenou que as empresas de telefonia fixa e internet interrompessem os respectivos sinais. E, por fim, que fosse colocada a tornozeleira eletrônica para monitorar o preso.


Irritado com a demora, Martins entrou na história e determinou que a transferência de Crivella fosse cumprida imediatamente - emitindo, no próprio STJ, o alvará. O prefeito afastado segue agora para casa, num condomínio de luxo na zona oeste.


Crivella é acusado de chefiar o 'QG da Propina', grupo que teria arrecadado pelo menos R$ 53 milhões em troca de favorecimentos a empresas. Ele estava a nove dias de completar o mandato quando foi detido, na manhã de terça-feira (22).


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