Ameaçadas de despejo, mãe e filha erguem casa com mais de 4 mil garrafas tiradas do lixo

Sem experiência como pedreiras, elas pesquisaram muito para colocar o projeto em pé, em meio à pandemia

Por: Por A Tribuna.com.br  -  28/03/21  -  13:00
Atualizado em 28/03/21 - 13:09
Mãe e filha dentro da casa de garrafas que as duas construíram
Mãe e filha dentro da casa de garrafas que as duas construíram   Foto: Globo Repórter

Com o sonho de morar perto da praia e recomeçar a vida, mãe e filha se mudaram de Curitiba para Pernambuco. No entanto, um ano após a mudança, Edna e Maria Gabrielly se viram em uma situação difícil: ainda sem emprego e com as economias acabando, foram ameaçadas de despejo da casa que alugavam.


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"Tem muita dificuldade no meio do caminho. Só que quando a dificuldade está na sua frente, você tem que achar uma saída para ela. São barreiras que você tem que ir derrubando. E a gente fez isso, né?", diz Edna.


Ela e a filha reagiram com resiliência, encontrando uma forma original para resolver a situação: ergueram sozinhas uma casa sustentável, construída com nada menos que 4.298 garrafas de vidro recolhidas do lixo.


Ambas não tinham qualquer experiência como pedreiras e pesquisaram muito para conseguir colocar o projeto que tinham de pé, em meio à pandemia.


"Terminar a nossa casa é mostrar que nós duas, duas mulheres negras, fortes, construíram a primeira casa de garrafas de vidro do estado de Pernambuco. Catadas no lixo do mangue, em cima de um erro de muita pessoas. O primeiro processo disso tudo é não ter medo de colocar a mão na massa mesmo, e não sentir vergonha. De se sentir também forte o suficiente, capaz o suficiente para fazer isso", afirma Maria Gabrielly.


Resiliência


Filha de pais analfabetos, Edna começou a trabalhar em casa de família aos 12 anos, parou de estudar e criou dois filhos sozinha. Aos 35 anos, decidiu voltar aos estudos e se formou em gestão pública.


A filha conseguiu bolsa em uma faculdade de moda no Recife e gasta seis horas por dia para ir e voltar da capital.


* Com informações do G1/Globo Repórter


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