Vitorioso após as eleições legislativas no Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson não quer perder tempo: vai submeter na sexta-feira (20) seu acordo de Brexit ao novo Parlamento.
“Apresentaremos um projeto de lei que assegure que o Brexit se realize antes do final de janeiro. Vai refletir os acordos alcançados com a União Europeia sobre a nossa saída do bloco”, declarou seu porta-voz nessa segunda-feira (16).
Não está claro, porém, se os deputados votarão alguma parte desse projeto de lei que deve traduzir, na legislação britânica, o tratado de retirada negociado com Bruxelas. Ou se eles deixarão as discussões e a aprovação final para depois do recesso de final de ano, que começará no mesmo dia.
Com uma maioria jamais vista para os conservadores desde Margaret Thatcher, Johnson começou ontem a reorganização do seu governo, tendo como prioridade lançar o mais rápido possível as medidas para permitir a saída do Reino Unido da União Europeia em 31 de janeiro.
Na segunda-feira, o premiê fez mudanças muito pequenas em seu executivo, mantendo sua ministra da Cultura, Nick Morgan, apesar de ter renunciado como deputada antes das eleições.
O ministro para Gales, Alun Cairns, que renunciou durante a campanha por causa de um escândalo judicial, foi substituído por Simon Hart, um ex-secretário parlamentar do governo, desconhecido pelo público.
Johnson deve ainda se dirigir aos 109 parlamentares conservadores recém-eleitos, entre os 365 assentos conquistados por seu partido na quinta-feira, para exortá-los a trabalhar e alcançar o Brexit, pelo qual 52% dos britânicos votaram em junho de 2016.