Plano de Desenvolvimento e Zoneamento será tema do Encontro Porto & Mar

Evento acontecerá no próximo mês

Por: Da Redação  -  23/02/20  -  23:20
O navio-patrulha Macaé foi deslocado do Rio de Janeiro para participar da operação
O navio-patrulha Macaé foi deslocado do Rio de Janeiro para participar da operação   Foto: Carlos Nogueira

As mudanças propostas para o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos e seus impactos nas operações e no futuro do principal complexo marítimo do País serão debatidos por autoridades e empresários do segmento no 1º Encontro Porto & Mar 2020, a ser realizado no próximo mês, no auditório do Grupo Tribuna, em Santos. A escolha do tema foi definida na última semana, em reunião com mais de 40 executivos do cais santista – entre eles presidentes de terminais portuários e diretores de associações do setor – e representantes do Grupo Tribuna, em sua sede.


O PDZ reúne as regras de exploração das áreas do Porto, servindo como uma ferramenta de planejamento e fomentador de políticas públicas. O plano em vigor em Santos é o de 2006, que passou por mudanças pontuais no ano passado. Sua nova versão, elaborada por técnicos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de Santos), deve ser apresentada ao Governo Federal nesta semana, logo após o Carnaval.


O estudo, que tem gerado críticas de alguns segmentos, deve ampliar a eficiência das atividades do cais santista e aumentar sua capacidade operacional, segundo a Codesp.


A definição do futuro PDZ como tema do 1º Encontro Porto & Mar ocorreu em reunião promovida pelo Grupo Tribuna com empresários do complexo marítimo. O objetivo do encontro foi apresentar e debater o conteúdo dos eventos portuários do grupo: os próprios encontros Porto & Mar (três são realizados durante o ano) e o Porto & Mar – Seminário A Tribuna para o Desenvolvimento do Porto de Santos.


Os participantes destacaram a importância de melhor analisar o PDZ e seus reflexos no futuro do Porto. “Temos de ter uma discussão aprofundada sobre o PDZ. Até agora, sabemos que ele trata da exploração das áreas do Porto, mas o que diz sobre o canal. Será que o canal aguentará o aumento do tráfego causado pelo aumento da movimentação?”, afirmou o diretor-executivo do Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), Claudio Loureiro. 


O gerente-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), Ricardo Molitzas, destacou que “é preciso discutir as premissas que formataram o PDZ atual”.
“O PDZ não foi discutido com os grupos ligados ao Porto. Algumas atividades foram removidas dele, como os operadores de retroárea, e não foi explicado o porquê”, comentou o diretor-presidente do Grupo Bandeirantes/Deicmar, Washington Flores.


Os empresários também comentaram a importância de o Grupo Tribuna definir, em parceria com o setor privado, os temas a serem debatidos nos eventos portuários. “Ficamos muito satisfeitos com a opção do Grupo Tribuna em organizar um evento com foco no complexo portuário santista, porque isso permite aprofundar os debates relativos ao principal porto do País. E neste momento, não há nada mais relevante que a discussão do PDZ, priorizada pela comunidade e prontamente encampada por A Tribuna”, afirmou o diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Angelino Caputo. 


A reunião contou com a presença de diretores e representantes de terminais do Porto – ADM, Bandeirantes/Deicmar, Brasil Terminal Portuário (BTP), Ecoporto Santos, Eldorado Brasil Celulose, Eudmarco/FCA Log, Santos Brasil, Stolthaven, Teag, TEG, TES, Tiplam (VLI) e Triunfo Participações e Investimentos –, prestadores de serviço do setor – Brazil P&I, Praticagem de São Paulo e Sammarco Advogados – e a companhia de navegação MSC. 


Ainda participaram dirigentes de entidades como a Abtra, a Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac), a Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres (ABTTC), a Associação Comercial de Santos (ACS), a Associação das Empresas do Distrito Industrial e Portuário Alemoa (AMA), o Centronave, a Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros (Feaduaneiros), o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos (SDAS) e o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp).


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