Governo prevê recorde de investimentos e leilão da Autoridade Portuária de Santos em 2022

Apesar da pandemia, portos geraram R$ 2,44 bilhões de investimentos neste ano. Expectativa é chegar a R$ 3 bilhões em 2021

Por: Matheus Müller  -  17/11/20  -  20:10
Flávia Takahashi abriu as palestras do 2º Congresso de Direito Marítimo e Portuário em Santos
Flávia Takahashi abriu as palestras do 2º Congresso de Direito Marítimo e Portuário em Santos   Foto: Carlos Nogueira/AT

Os setores portuários e de navegação passaram pelas dificuldades da pandemia e mantiveram o ritmo de crescimento. O ano vai fechar com R$ 2,44 bilhões em outorgas, através de concessões e arrendamentos, e a expectativa é de R$ 3 bilhões para 2021. O Ministério da Infraestrutura aponta para um futuro ainda mais promissor, com mais investimentos privados, novos regramentos para dar celeridade e segurança jurídica aos negócios, além de melhorias estruturais. Para 2022, ainda está previsto o leilão para a concessão da Autoridade Portuária de Santos (APS).


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As informações são de Flávia Takafashi, diretora do Departamento de Gestão de Contratos, da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, que abriu a sequência de palestras e debates do 2º Congresso de Direito Marítimo e Portuário - São Paulo, evento realizado pelo Grupo Tribuna no auditório da Associação Comercial de Santos (ACS) e através de webinar. A programação termina na quarta-feira (18). 


De acordo com Flávia, “o setor portuário se mostrou resistente (à crise do coronavírus)”. A executiva explica que as metas traçadas pelo ministério para tornar os complexos portuários mais eficientes serviram para evitar sustos ao segmento. Mais do que isso, ela indicou um cenário ainda melhor para 2021, com a previsão de R$ 3 bilhões em novos negócios. 


Dos R$ 2,44 bilhões obtidos neste ano, R$ 505 milhões são das outorgas pelos arrendamentos de duas áreas na Ponta da Praia, em Santos, para o armazenamento a movimentação de celulose. O contrato foi assinado na segunda-feira pelo ministro Tarcísio Freitas com as empresas Eldorado e Bracell.


“Se antes tínhamos uma meta (sem a pandemia) e um objetivo de nos tornarmos mais eficientes, a partir de agora a gente precisa fortalecer ainda mais o setor portuário. Ele, de fato, se mostrou importante nesse momento de construção e de assegurar uma economia fortalecida”, disse.   


Flávia apresentou um portifólio estratégico do ministério em que aponta os pontos em que o governo prioriza suas atuações para o crescimento do setor, entre eles: o eixo de concessões e arrendamento portuários, investimentos aquaviários, transformação digital e modernização portuária, com o fortalecimento das companhias docas, para que possam se tornar mais eficientes e competitivas.


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