Um elemento de forte resistência

Live do A Região em Pauta aborda os desafios enfrentados pelo setor Cultural na pandemia do novo coronavírus

Por: Da Redação  -  02/08/20  -  16:55
Live do A Região em Pauta foi realizada na última segunda-feira e debateu os problemas do setor
Live do A Região em Pauta foi realizada na última segunda-feira e debateu os problemas do setor   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Os desafios lançados pela pandemia para o setor Cultural cobraram – e ainda cobram – atitudes concretas para sair com menos danos do atual momento. No entanto, o discurso comum entre os participantes do A Região em Pauta vai na linha do “faça você mesmo”, ou seja, sem contar com qualquer tipo de apoio de esferas governamentais, em especial no âmbito federal.


“Não tem nenhum segredo pra política cultural do Governo se reconectar com a classe artística. Tantas coisas foram feitas, e tantas escolhas foram feitas, que não acho que tenha uma saída para isso. Não vejo como ter esse diálogo. Manter as políticas públicas que o País já tem, como as leis de incentivo, o fundo setorial no cinema, já é um grande passo. A gente permanece com as leis, e lei não dialoga com ideologia. É continuar com as leis pra gente conseguir continuar trabalhando”, afirma Suzana Pires.


Gustavo Anitelli, do Teatro Mágico, traz um exemplo inglês para a discussão. “Qualquer país sério teria um plano de emergência para sair dessa crise. Em 2008, quando houve uma crise econômica mundial, o primeiro-ministro inglês, o Tony Blair, resolveu que deveria salvar fábricas de eletrodomésticos e carros em primeiro lugar? Não. Foi a Cultura. Por que no Brasil não se faz isso? Olha o que a Cultura tem ajudado na pandemia!


Otimismo


Novos modelos, ideias, interações, mudanças. A Cultura mostrou seu poder na quarentena. E seus representantes, os artistas, celebram o futuro do quase-presente. “Acho que o público vai voltar aos poucos. Acredito que, em janeiro, o mundo já voltou ao normal. Sou otimista. Um novo mundo, as pessoas vão poder se abraçar, tocar, com essa vacina, vai voltar com uma volúpia muito grande. Vontade ir ao teatro, ao cinema, de consumir. Vai ser uma coisa muito diferente”, acredita Marcelo Serrado.


Supla, por fim, também reforça o peso da Cultura, mas faz um apelo: “Mas o que a gente está vivendo não é uma coisa normal. E o mais importante é a gente respeitar essa lei do distanciamento. Para a gente voltar o mais rápido possível para a vida normal. Não quero ficar fazendo live”, pondera.


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