Santa Casa de todos, sem abrir exceção

Hospital é exemplo de excelência no SUS

Por: Da Redação  -  07/12/20  -  00:29
Gestores das unidades cobram, há anos, correção nos repasses federais
Gestores das unidades cobram, há anos, correção nos repasses federais   Foto: Alexsander Ferraz

No momento e quem se discute meios de fazer o SUS eficaz, abrangente e cuidadoso com a população, a Santa Casa de Misericórdia de Santos dá um bom exemplo de trabalho bem desenvolvido. 


A instituição inaugurou recentemente um Complexo de Urgência e Emergência, totalmente dedicado ao SUS, que garante retaguarda para os casos encaminhados pelo SAMU.


Clique e Assine A Tribuna por R$ 1,90 e ganhe acesso ao Portal, GloboPlay grátis e descontos em de lojas, restaurantes e serviços!


O espaço de 2 mil metros quadrados, possui 5 leitos para casos graves, 8 leitos de urgência e emergência para casos clínicos, e mais 4 consultórios para traumatologia e ortopedia. 


A obra foi viabilizada por meio de recursos oriundos de multas indenizatórias aplicadas pela Justiça do Trabalho e liberados pelo Ministério Público do Trabalho. 


Enquanto isso, o Centro Cirúrgico, reformado com recursos próprios e decorrentes de emendas parlamentares, por meio de convênios firmados com o hospital, também merece destaque. São 25 salas operatórias, 21 leitos para recuperação, e modernos equipamentos para garantir completa assistência aos pacientes do SUS e convênios.


“O sistema SUS é perfeito, mas requer controle e gestão eficaz”, afirma Augusto Capodicasa, superintendente do hospital. “Não é fácil receber pacientes que precisam de atendimento e internação, mesmo quando o hospital não está contratualizado para atender algumas especialidades pelo SUS. A outra dificuldade, é conseguir recursos para complementar valores que a tabela SUS não supre. Tem especialidades em que o médico recebe R$ 2,60, para passar visita em um paciente”, diz. 


A forma de administração do sistema SUS na Santa Casa pedia mudanças urgentes. E, para isso, foram realizadas revisões de todos os contratos e promovidas parcerias, que possibilitaram o investimento nas melhorias e aquisições de equipamentos de ponta, como também a recuperação das unidades SUS.


Ele lembra que o quadro encontrado pelo provedor Ariovaldo Feliciano em fevereiro de 2016, quando assumiu a gestão da unidade assistencial mais antiga do país, quase levou a encerrar o atendimento do SUS, que acarretava altos prejuízos mensais. 


Recursos por melhorias 


Segundo dados da instituição, a Santa Casa realiza, em média, 10 mil atendimentos mensais pelo Sistema Único de Saúde, sendo que 40% são prestados a moradores de outras cidades da Baixada Santista e também outras localidades do Estado.


No ano passado, por exemplo, foram realizados mais de 120 mil atendimentos filantrópicos pelo SUS, entre consultas, procedimentos, exames, internações e cirurgias. “É preciso que sejam criados mecanismos para que o estado possa financiar a saúde para todos os brasileiros”, destaca Capodicasa.


Logo A Tribuna
Newsletter